Eu tenho uma opinião e, por mais que todos tentem provar que
ela é um tanto quanto equivocada, nunca vou deixá-la de lado. Eu diria que pelo
menos por uns 30 anos, pelo menos até o tempo em que algum time de pouco poder
aquisitivo volte a figurar entre os campeões nacionais. Vou compartilhá-la aqui
e não venham tentar me fazer mudar sobre ela, apenas aceitem e defendam a sua.
Quando eu digo todos, eu cito países, dirigentes, times.
Essa falta de competitividade ao final do ano torna-se um tanto quanto chata,
irritante. A espera pelo Natal, pelo Ano Novo já foi mais movimentada. Pontos
corridos é um verdadeiro remédio para hipertensos. Há quem diga de Cruzeiro,
São Paulo, Fluminense em outros anos. Qual a graça do final de campeonato, quando
tudo já está certo. Tudo bem, digam alguns que ano passado foi emocionante.
Beleza, um ano, apenas um ano. A disputa que nos traz emoção normalmente fica
por conta da Libertadores. E esse ano, nem isso. Já não basta vermos na Europa
sempre os mesmos campões.
Antigamente, há essas horas, a briga se seguia até o décimo,
décimo segundo time. Os estádios iam encher, porque aí sim, aí entraria no
mata-mata, na verdadeira emoção. Na verdadeira torcida pelo seu time, e não
torcendo para que o outro time ganhe ou perca para que o seu tenha chance.
Nessas horas o que valia era a raça, a vontade de chegar longe. Era a chance de
times como Náutico, Ponte Preta chegar ao topo. Mas com essa fórmula, só o que
fazem é tentar jogar a primeira fase da Sul-americana e ganhar dinheiro
vendendo alguns jogadores que se saíram bem nos gramados durante o ano.
Vou continuar vendo o futebol, porque gosto, não porque está
me atraindo. E acho que por muitos anos ainda, porque afinal, meu coração vai
bem das pernas. E acho que se depender do Campeonato Brasileiro, vai continuar
assim por um longo tempo.