sábado, 29 de setembro de 2012

Era uma casa muito engraçada...opa, que casa??


Em uma época em que se fala muito em arenas, copa do mundo, uso ou não de dinheiro público, superfaturamento em obras em estádios um assunto muito relevante vem à tona. A estrutura, não só em centros de treinamentos como também de estádios. O estádio é a casa, o coração de um clube, onde você recebe os conhecidos, convidados ou até inimigos para praticar o jogo e há muito tempo este assunto me incomoda. Atualmente dos 20 clubes da série A, 13 possuem suas próprias casas, dos 7 que jogam em casa emprestadas/alugadas, 6 são times considerados grandes (Galo, Cruzeiro, Fla-Flu, Botafogo, Corinthians) sendo que um deles está construindo um estádio superfaturado com dinheiro público e o outro "arrendou" um estádio também construído pelo governo. Os outros 4 se aproveitarão das reformas pra copa pra utilizarem dois estádios novíssimos e excelentes, Maracanã e Mineirão.

Eu, particularmente e sinceramente, não sei quanto estes clubes que usam estádios estatais pagam pelo uso, porém é uma coisa que me revolta muito, times que se consideram gigantes não terem uma própria casa além de ter dívidas em valores astronômicos e que jamais serão pagos. São times que devem para o governo, para ex-atletas, ex-treinadores, não tem casa e além de tudo contratam jogadores de alto gabarito e que ganham muito bem. Muitas vezes acabam não pagando os salários também ou acabam comprometendo a folha salarial dos outros jogadores e até de funcionários que atuam nos bastidores para pagarem os jogadores renomados.

Em contra partida, os clubes que possuem uma casa, que arcam com sua manutenção, que honram seus compromissos, acabam tendo que se contentar com jogadores de segundo escalão e ficando fora da disputa por títulos, em muitas vezes, por "trabalhar direito"

Já passou da hora de haver uma reforma no futebol brasileiro, profissionalizar o esporte mais praticado, assistido e discutido do país. Deveriam proibir times devedores de contratarem novos jogadores ou autorizar apenas a contratação dos que possuem passe livre. Deveriam cobrar valores altíssimos para alugar os estádios estatais, até porque a construção de um estádio com recursos próprios ou de parceiros hoje está muito facilitada como vemos no caso da Arena do Grêmio e na Arena Palestra, e esses clubes de massa deveriam conseguir ainda mais facilmente parcerias.

Arena do Grêmio, com 92% das obras concluídas
e a direita o projeto do novo Maracanã

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mentes Brilhantes

Bom dia Leitores. Hoje teremos a postagem de mais um assíduo leitor. Nosso colega Maikon. Boa leitura


         Lembro-me, como se fosse hoje, daquele gol de cabeça do Sorato na final do Campeonato Brasileiro de 89. Tinha 8 anos na época. Morava em Maringá, mas estava na casa de parentes em Curitiba. São parentes que pouco tenho contato hoje em dia e quase nada sei sobre eles, mas lembro claramente que um deles era coxa-branca e flamenguista. Do que mais me recordo do ano de 89? Absolutamente nada. Provavelmente, jamais lembraria dessa visita, não fosse por esse jogo. 
        É impressionante nossa capacidade para armazenar acontecimentos relacionados ao futebol. Visualizo perfeitamente onde assisti a cada jogo da Copa de 94 e com quem estava, mas não faço a menor idéia de onde passei a ceia de Natal e o Reveillon do mesmo ano. De cabeça, sei a escalação do Santos de 95, poderia até citar os principais reservas. Mas teria que fazer um esforço grande para listar os nomes de 11 pessoas que estudaram comigo na oitava série.
        Quando o assunto é futebol, lembramos de nomes, anos, gols, lances, detalhes. A memória funciona à todo vapor. E não precisamos ter vivido o momento, basta ler, assistir, ouvir falar, que a informação futebolística simplesmente gruda e não sai mais. 
        Algumas pessoas tem facilidade com números e cálculos, outras com literatura, música, artes... Nosso dom é outro, somos gênios da bola! Não gênios do jogo jogado, como Pelé e Maradona. Somos gênios do jogo pensado. É um exercício simples para qualquer freqüentador desse espaço citar os países campeões das Copas do Mundo, desde 1930. Acredito que muitos não precisariam do Google para acertar também a maioria dos países sede e as seleçōes vice-campeãs. Mas quantos de nós conseguiriam citar os Presidentes da República do mesmo período? Eu passo, repasso e pago. 

      Gostaria de saber de vocês, blogueiros e leitores, quais suas lembranças mais antigas relacionadas ao futebol?


domingo, 23 de setembro de 2012

Fluminense: um time que merece toda a minha torcida... contra


Fim de mais uma rodada do Brasileirão. Na briga pela ponta de cima, Grêmio e Galo se abraçaram no freio de mão e assistiram o Fluminense abrir boa vantagem na ponta. Parece que a disputa pelo título fica mesmo concentrada entre esses três times. Façam suas apostas e comecem suas torcidas... eu já comecei a minha.

Não tenho time a favor nesta disputa, mas tenho um time que faz por merecer toda mina torcida contra. É um clube que representa tudo de pior que existiu, existe e existirá no futebol desse país: o Fluminense.

Explicando em tempos:
#Passado: O Fluminense representou no final dos anos 90 e início dos anos 2000 tudo de mais corrupto e injusto que existiu no futebol brasileiro. Caiu duas vezes da primeira para a segunda (sendo rebaixado realmente somente numa delas), uma vez da segunda para a terceira e subiu direto da terceira para a primeira, numa manobra da CBF, com a criação da taça João Havelange.
                                                    Atenção especial para a vergonhosa cena dos cartolas
                                                                     estourando um champagne na virada de mesa de 1997

#Presente: O líder do campeonato é um time forrado de craques. Provavelmente o melhor time do Brasil. Têm jogadores de nível internacional, como Fred e Deco. Além disso, faz dentro de campo belas atuações que se revertem em resultados positivos. Mesmo assim, sua “gigante” torcida, que leva 3.500 turistas endinheirados para a Bombonera, não é capaz de levar uma média superior a 9.000 torcedores em seus domínios.

Média de público                       Média de ocupação


#Futuro: o cenário do futebol mundial está bem definido. Times são grandes empresas, que visam lucro a seus acionistas ou donos ao invés de emoções para suas torcidas. QUE DESGRAÇA, mas é uma realidade que acontece a anos na Europa e chega cada vez mais forte para o Brasil. Pioneiro disso? Nosso “gigante de 9 mil de média” das Laranjeiras. Time que tem Celso Barros, Presidente da Unimed, há 13 anos dando as cartas. Muito esperto, ele encontrou um cenário inclusive mais confortável que os donos de clubes europeus: pois se o time ganha, é graças a Unimed, se perde, é porque é mal administrado pelos mandatários do futebol.

                                                   Celso Barros, o primeiro "dono" de clube do Brasil

                Aos poucos verdadeiros torcedores tricolores cariocas, espero ter explicado minha antipatia. Aos Atleticanos e Gremistas, fica aqui declarada minha torcida  para vocês. Boa Sorte para os três, e que não vença o melhor!




sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A mão do Luxa.

      Já que esta semana tivemos a comemoração do dia do Gaúcho, resolvi fazer esse comentário sobre o time mais tradicional do Rio Grande do Sul. Já pedindo desculpas aos colorados (não sei se há algum que entra nesse blog), não tenho nenhuma relação com o Grêmio.
      Bom, muito tem-se falado que a nova geração de técnicos está muito fraca, e a velha, como o adjetivo que a descreve, já esta ultrapassada. Porém, venho ao longo do campeonato acompanhando de perto os jogos do tricolor gaúcho. Não tem como não falar sobre o efeito Luxemburgo sobre a equipe.
      Chegou desacreditado, chegaram a dizer que iria afundar o clube em dívidas, não sei nada sobre o financeiro da instituição e vou me ater ao que é apresentado no gramado. Com algumas contratações, pontuais às deficiências do time, conseguiu implantar um bom futebol. Há 11 anos sem um título de expressão, o torcedor volta a sonhar e a se motivar. Ultimamente, jogos sempre com casa cheia ou quase. Aparentemente teremos um segundo turno cheio de emoções. Mas de qualquer forma o plantel está formado, se não for para esse ano, talvez pro próximo. Com alguns grandes jogadores como Elano, Kleber, Souza, Marcelo Moreno, dá pra se dizer que está no caminho certo. Pouco tempo atrás neste blog foi falado que o título estava entre Fluminense e Atlético Mineiro, mas MEU palpite é: Grêmio vence Galo domingo e se torna forte candidato em busca do caneco. E tchê, tenho dito!

Alvinegro Baleteado. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Lei Pelé, liberdade ou prisão?

           O assunto que vou tratar hoje teve como motivação a novela P.H. Ganso e sua saída do Santos. Novela que já deve durar mais de um ano. Mas antes de chegar a este assunto específico vamos, redundantemente, começar do início.

           Há alguns anos atrás os clubes eram "donos" do passe do atleta que possuía contrato. Com isto começou-se a falar que eles estavam presos aos clubes sem liberdade para transações para os clubes que gostariam de jogar, fosse por vontade ou motivados por melhor condição financeira. Então em 1998 foi aprovada a Lei Pelé que entre várias propostas teve mais destaque a criação do passe livre, onde o jogador teria liberdade para trocar de equipe. Todo mundo (empresários e jogadores) muito faceiros e eis que surge o direito econômico e a multa rescisória que voltaram a "prender" os jogadores aos clubes. Foi a maneira que as equipes encontraram de se proteger de oportunistas que buscam o lucro pessoal e não dão bola para a equipe formadora do atleta.

           Pois bem, todo mundo (equipes, empresários e jogadores) se adaptou a nova situação de multa rescisória e então os jogadores de talento continuaram presos com multas altíssimas e recentemente tivemos e temos dois casos clássicos de Oscar saindo do São Paulo rumo ao Inter de Porto Alegre e após para o Chelsea e agora com o Ganso. A novela Ganso parecia ter chego ao fim com o acerto do pagamento à vista por parte do São Paulo, porém o Santos falou que só libera após a DIS (detentora de parte do passe do jogador) retirar a ação que tem contra o Santos devido a uma outra transação, aliás a história deste processo é quase enredo de filme (se quiserem se informar mais http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2012/09/ganso-peixe-confirma-acordo-com-tricolor-mas-ainda-nao-libera-meia.html#atleta-paulo-henrique-ganso).

              Bom no caso específico do Ganso temos alguns pontos. O atleta na época da renovação foi muito mal remunerado e hoje encontra-se com salário muito defasado. Muito defasado se ele estivesse jogando, pois faz algum tempo que está no estaleiro, ao melhor estilo "Podrinho" (Pedrinho ex-jogador do Vasco). Então a situação é a seguinte. O jogador tem um salário ruim, para os padrões de jogador, e longo, até 2015, não está interessado mais em jogar em um clube onde é subvalorizado. O clube tem os direitos econômicos do jogador e sabe que assim que ele sair, se não se machucar, voltará a atuar em alto nível e sua futura equipe lucrará muito e por isto não quer liberar por pouco. E então temos um jogador que não joga e uma equipe pagando salários a toa. Um ponto interessante é que o contrato até 2015 está assinado e na época o jogador achou interessante, porém sem a vontade de atuar este contrato acaba não valendo nada e aí é a grande questão, da qual eu não tenho uma opinião formada.

                  Até que ponto uma equipe deve "prender" um jogador? Até que ponto um contrato, baseado na lei, tem mais validade que a vontade de jogar em determinada equipe?? O jogador  pode fazer corpo mole pra querer se livrar de um contrato assinado por ele?? Enfim, um assunto polêmico, pois se o jogador quiser ser mau-caráter, não joga mais e só sai para o time que ele estiver afim e o clube fica com o abacaxi pra descascar. Abacaxi que só existe porque os clubes são obrigados a impor altas cláusulas para não ter seus jogadores roubados por empresários picaretas. E empresários que passaram a existir em maior quantidade após a lei Pelé, que tinha justamente a intenção de facilitar as negociações dos jogadores de um clube para outro.

Abraços,
Rabugento Tricolor

domingo, 16 de setembro de 2012

Il ''Vero'' Calcio Italiano - Le Scommesse

Boa noite caros leitores. Hoje teremos a segunda participação de um leitor. O leitor é o Felipe Oliveira, nosso informante direto da Itália que comentará eventualmente sobre futebol Europeu. Segue seu texto.


             Apostar. Um hábito comum entre europeus, principalmente ingleses e italianos. Casas de apostas são totalmente legais nesses países e a quantidade de apostadores a cada partida é incalculável. As apostas funcionam da seguinte maneira: cada partida possui uma cota para os possíveis resultados. Além de poder jogar entre a vitoria, empate e derrota de cada equipe, existem milhares de outras opções como quantidade de gols marcados na partida, resultado exato, primeiro time a marcar, cartão amarelo pra ‘tal’ jogador, entre outras... 

             Um exemplo: Roma x Bologna, partida jogada neste domingo às 15h. Resultado final: vitória do Bologna por 3x2 de virada. Quem jogou “1/2” (vitoria da Roma no primeiro tempo e do Bologna ao final da partida) teve sua aposta multiplicada por 27,0. Ou seja, apostando 5 euros nesse improvável resultado, o apostador ganharia 135 euros ao final da partida. Um tanto improvável, mas não pra quem já sabia que esse seria o resultado final da partida...

             Antes de começar a temporada européia, muito jà se falava do 'calcio'/futebol italiano e seu envolvimento no mundo das apostas. O episòdio ficou conhecido no mundo inteiro como 'calcioscommesse' (termo em italiano usado pra designar o ato de apostar nas partidas de futebol) e se agravou principalmente durante a Euro 2012, em que o lateral italiano Domenico Criscito (atual jogador do Zenit) foi proibido pela federação italiana de jogar a competição devido ao seu envolvimento em jogos armados ainda pela temporada de 2009, na qual ele jogava pelo Genoa. Antes de Criscito, no final da temporada passada, Cristiano Doni - capitão da Atalanta, foi preso pelo mesmo motivo. E no começo da atual temporada, Lecce e Grosseto foram automaticamente rebaixados à serie C1 (equivalente à terceira divisão) também por envolvimento no esquema em temporadas anteriores.

        

                   Voltando ao caso Criscito. A exclusão da Euro foi muito polemica porque junto com a sua acusação estavam a do goleiro Buffon e do zagueiro Bonucci, ambos da Juventus. No final da historia ambos os juventinos foram inocentados e conquistaram o vice campeonato junto com a ‘squadra azzurra’. Porém, o que poucos sabem é que provas concretas ligam Bonucci e Buffon ao esquema das apostas e nada foi feito. Buffon, por exemplo, tem o comprovante de um pagamento numa banca de jornal/livraria, que também servia como filial de uma casa de apostas, no valor de 100 mil euros como parcela de pagamento de um relógio. Algo absurdo e que saiu na imprensa mas que não foi levado à julgamento. 

            Agora, a principal questão que busco levantar com esse tema. O que leva um jogador como Buffon, campeão do mundo em 2002, a ‘vender’ resultados do próprio time e ainda apostar correndo risco de queimar o próprio nome? O que seria do Brasileirão se esse esquema de casa de apostas fosse legal no nosso país? 


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Uma experiência a ser compartilhada




Estava a dormir em meu apartamento de praia neste ultimo sábado. Feriado da semana da pátria, cidade de Barra Velha (litoral norte de Santa Catarina) cheia de seus turistas sazonais. De repente sou acordado pelos gritos de gol vindo do bar próximo. Curioso e apaixonado por futebol que sou, acordei e desci rapidamente para acompanhar o que estava acontecendo. Era o jogo entre JEC (Joinville Esporte Clube, para os leigos) e Avaí, pela segunda divisão. Aproximadamente 30 torcedores acompanharam a vitória do time Joinvillense sobre o time da Ilha.

Após o jogo, permaneci no bar para acompanhar o jogo do meu time, Coritiba, contra o Flamengo. Poucos torcedores permaneceram, entre estes, o único Avaiano que acompanhou o jogo anterior.

Iniciada a partida, este começou a demonstrar que estava torcendo pelo flamengo. Indagados com a situação, os Jequianos que permaneceram no bar questionaram ele sobre o porquê de tal fato. Ele se explicou:
-É que eu torço pelo Avaí, Palmeiras e Vasco.

Todos zoaram este cidadão, que tentou se explicar, falando que quando criança acompanhou pela televisão estes times, enquanto os times do estado não tinham tamanha divulgação. Disse ter acompanhado o time da tal “Academia do Palestra”, que jogou o futebol mais bonito da história e por isso torcia contra o Coritiba, que briga com o Palmeiras para sair da ZR.

Aí que veio a jogada de mestre, quando o dono do bar, meu amigo pessoal, o colorado Rogério, que falou para ele:
-E aí você ensina seu filho a fazer a mesma coisa, né?

Lições sobre toda a situação:

#1 No futebol, não se deve escolher time pela qualidade, títulos ou jogadores. Acredite: seu filho não será o melhor do mundo. E você... vai amá-lo menos por isso?

#2 Time é como mãe: único. Você pode até simpatizar com outro, mas torcer contra um time porque seu outro time corre risco??? É muita bagunça.

#3 Você pode muito bem ser Corintiano ou Flamenguista, mas saiba que isso acontece porque a Globo passa semanalmente pelo menos um jogo e dedica um bloco do Globo Esporte para esses times. Acredite: não é um sentimento inexplicável.

#4 Torcer pelo time da sua cidade/região, e poder acompanhá-lo de perto, no estádio ou mesmo num barzinho, é muito bacana.

#5 O JEC é um time Grande. Não um desses de empresários que vimos ultimamente na primeira divisão como São Caetano, Grêmio Barueri e Santo André. Tem seus torcedores (locais em sua gigante maioria) e uma média de público maior que a do Líder da primeira divisão, o “Gigante” Fluminense (http://globoesporte.globo.com/numerologos/platb/2012/08/15/norte-nordeste-paixao-incondicional/). Por isso, seria muito bacana vê-lo de volta a Primeira Divisão.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Agora o bicho pega.

    "Grandes" leitores, retornando do feriado prolongado, espero que estejam afiados para novas discussões. Desde já pedimos desculpas pela ausência de postagens nesses dias. Bom, no dia de hoje quero falar em particular sobre 4 clubes. Fluminense, Vasco, Bahia e Palmeiras.
     Bom, ao Fluminense só  me resta parabenizar pelos dois últimos jogos, vitórias em casa e fora, que lhe renderam a liderança isolada do campeonato. Tudo bem, o Atlético está com um jogo a menos. Mas creio que não há grandes surpresas com este fato, já que é o campeão de 2010, e só faz o seu dever já que seus investidores gastam tudo e mais um pouco para manter o clube com um bom plantel.
    Já o Vasco, perdeu dois jogadores de suma importância ao longo da competição, e apostou forte na força do grupo, uma constante no ano anterior. Não deu certo. Hoje há quem diga que uma crise está instalada. Não acredito que uma mudança de treinador vá mudar muita coisa por lá.
   O Bahia está por ser uma equipe que vai incomodar e tirar pontos que todos julgam fáceis antes da partida. Seus últimos jogos foram belas apresentações. 10 pontos em 12 jogados. E jogos difíceis contra grandes equipes ( Santos, Atlético Mg, Vasco). Vale salientar a força que o grupo atingiu depois da chegada de Jorginho.
    Sobre o Palmeiras, muito foi falado aqui neste blog sobre o Felipão, estilo copeiro do time. O campeonato é longo, e a equipe não demonstra todo aquele ímpeto. Suspensões, lesões e até convocações para seleção vem tirando o sono do Senhor de Bigode. Hoje está a 5 pontos do Coritiba, primeiro clube acima da zona de rebaixamento. Não vejo o Palmeiras jogando a segundona ano que vem, mas passará por belos apertos.
É meus amigos, agora o bicho pega.

Alvinegro Baleteado.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Maior sobrevida aos técnicos…


…mudança de mentalidade,  simples falta de opções ou falta de planejamento??

Esta semana o PVC, jornalista da ESPN Brasil, exaltou o fato de que no primeiro turno do campeonato brasileiro de 2003 (o primeiro de pontos corridos) teve 23 trocas de técnicos, e no campeonato de 2012 foram apenas 9. Com estes dados ele pediu uma reflexão de todos com relação ao planejamento que as diretorias têm com relação a manutenção de técnicos atualmente.
A minha reflexão segue outro lado, que já vem me preocupando há algum tempo. A renovação de técnicos vêm ocorrendo de forma muito ruim e não vemos novos técnicos se destacando. Os técnicos da nova geração são muito fracos e se vocês perceberem nomes como Celso Roth, Abel Braga, Oswaldo de Oliveira, Leão e Joel Santana, que são técnicos da geração anterior e pouco vitoriosos reaparecem corriqueiramente em grandes equipes. Percebe-se claramente que técnicos novos como Ney Franco, Renato Portaluppi, Vágner Mancini, Adílson Batista, Silas, Caio Jr., Cuca, Dorival Jr. entre outros não possuem a confiança de dirigentes de grandes equipes e estes por sua vez acabam gastando uma dinheirama em consagrados que em muitas vezes não resolvem como Wanderley Luxemburgo, Muricy Ramalho e Felipão.

Sou daqueles que pensam que quanto melhor o time, menos necessária é a intervenção de um técnico. Mais ou menos daquela opinião em que “é melhor só que o técnico não atrapalhe”, como já foi muitas vezes dito para técnicos da seleção Brasileira. Porém admiro trabalhos dos técnicos consagrados que citei, em que muitas vezes com uma substituição ou outra, ou uma gritaria e um dedo na cara modificam a equipe e conquistam vitória e talvez esse pequeno detalhe possa fazer a diferença em uma final ou em algum jogo decisivo.

Infelizmente não vejo pontecial na nova geração para ter este “Q” a mais e sinto que cada vez mais os dirigentes terão que fazer um planejamento a longo prazo “forçado” e assim quem sabe acertem, aprendendo uma nova maneira de administrar e quem sabe revolucionando a gestão do futebol no Brasil.

E você o que acha?? Será que o planejamento a longo prazo realmente está surgindo, a falta de opções está proporcionando isto ou até mesmo a falta de planejamento com contratos longos e multas rescisórias altas estão fazendo com que menos técnicos percam seus empregos??
Segue uma frase que simboliza um dos meus ídolos, Felipão:

"Um bom chefe faz com que homens comuns façam coisas incomuns." – Peter Drucker

Abraços, Rabugento tricolor.

domingo, 2 de setembro de 2012

A voz dos oprimidos: Não há lugar para doçura em um zagueiro

Caros "Futisleitores", é com muita honra, e algum atraso, que publicamos a primeira opinião de um piá pançudo leitor no nosso blog. Segue o texo entitulado acima, de Daniel Bonotto.


"Em reconhecimento ao legítimo movimento grevista, finalmente “os caras que tem um blog” abriram espaço para voz do povo: o leitor tem aqui o seu espaço. É meu  dever usar bem deste momento e deixar algo importante registrado – um marco para posteridade. O problema é que não tenho nada pra dizer e, embora tenha mais o que fazer,  vou tentar não estragar o refrão e mandar uma prosa sobre a vida de zagueiro. Na zaga não há lugar para doçura.

Há quem admire os  zagueiros-craques. Daqueles que sempre chegam na bola, desarmam e saem jogando com a cabeça erguida. Acham incrível o feito de um Gamarra, que saiu de uma Copa do Mundo em oitavas de final sem cometer uma só falta (1998). Temos visto no futebol brasileiro uma recente valorização deste tipo de jogador. Paulo André, zagueiro campeão da América pelo Corinthians é destes jogadores – leve, clássico e até intelectual. Juan foi repatriado pelo Internacional. Enfim, parece ser uma tendência que os últimos jogadores à frente do goleiro devam ser elegantes arautos do fair play.  O zagueiro-meigo está na moda.   

Quem me conhece sabe que prefiro o estilo de zagueiro-grosso, zagueiro-zagueiro, daqueles chuta para frente e chega rasgando. Aliás, não só prefiro mas me identifico com eles – como técnico do Paraguai jamais teria escalado Gamarra com Catalino Rivarola ainda atuando em 1998. Acredito que zagueiro tem que ser feio e impor respeito até com o olhar. De preferência, daqueles que apresentam as credenciais logo no início, para o atacante não ficar folgado e enquanto o juiz ainda tenta levar o jogo na conversa.

Zagueiro bom não tem recurso, mas compensa com força e disposição.  Afinal, a falta faz parte da jogo e está nas regras. Ora senhores, se o cara é bom de bola deveria ser meia-atacante. A zaga deve ser um lugar inóspito e amargo. Zagueiro bom é aquele que para ser vencido exige mais do que habilidade, exige coragem".