quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Campeão mas penalizado??

É muita cara de pau!!!!

Fluminense é campeão, tetracampeão, melhor ataque, melhor defesa, artilheiro, maior número de vitórias, menor número de derrotas e o artilheiro. Tudo belo e alegre, não fosse o fato das dívidas.

Como já foi discutido aqui no blog, as administrações dos clubes são muito sem vergonhas. Não honram compromissos e continuam sempre contratando jogadores cada vez mais caros. Os clubes que tentam fazer direito como os do sul, com pagamento de salário em dia e parceiros para contratações vão se tornando eternos Málagas ou Fiorentinas da vida.

Hoje saiu uma notícia do Yahoo sobre o risco que o Fluminense corre de perder a premiação de 9 milhões paga pela CBF ao campeão brasileiro. Na notícia fala que o clube já perdeu parte dos 4 milhões recebidos da globo e dos 14 milhões da venda do jogador Wallace, tudo por uma dívida tributária. A dívida é de 35 milhões, o clube fez um acordo verbal de pagamento de quase 1 milhão por mês e o presidente reclama que além do pagamento da parcela mensal, ficam penhorando valores extras que entram no clube. E o sujeito com a maior cara de pau do mundo diz o seguinte:

"- Estamos pagando em dia o ano corrente. O que está sendo discutido é o passado. Não devemos nada desde dezembro de 2010. O clube é campeão e a procuradoria quer penalizá-lo? - afirmou Siemsen."

Poxa que injustiça não?? O sujeito deve tributos, vez ou outra atrasa salários, prejudica muita gente, continua pagando fortunas para seus craques para poder ser campeão e ainda ficam penhorando o dinheiro do coitadinho??? Parem de penalizar os clubes, isto não se faz.

E vc leitor, o que pensa desta afirmação do presidente fanfarrão??


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Pelé x Messi


Messi está a ponto de quebrar um dos recordes do nosso ícone maior do futebol mundial. Se fizer 3 gols nos 16 jogos que o Barcelona tem por fazer neste ano, ele baterá a marca de 75 gols num mesmo ano, conquistada por Pelé em 1958.

Mais do que isso. Se mantiver sua média atual de gols, quebrará o Record absoluto de Gerd Müller em uma Temporada: 85 gols em 71/72.

O fato traz de volta à tona uma discussão que sempre aparece nos momentos em que o argentino está brilhando: será ele melhor que Pelé?

Segue um resumo de algumas justificativas que puxam a sardinha para cada lado:
Messi
Pelé
Joga campeonatos muito mais disputados que o Paulista e o torneio Rio-São Paulo
Tem uma média de gols superior (jogava menos jogos e fazia mais gols na mesma temporada)
É autor de feitos como 5 gols em um só jogo (contra Bayer Leverkusen, pela Champions)
Não havia registro visual de todos os jogos da época
O futebol moderno é mais físico e rápido, resultando em menos espaços para os atacantes
Messi deve ganhar uma Copa do Mundo para ser o melhor do mundo
Só não foi campeão do mundo por não querer atuar pela seleção espanhola
Material esportivo atual torna a vida do atleta mais fácil
Não tem na seleção argentina os mesmos companheiros que Pelé na brasileira
Não existiam cartões ou punições aos marcadores, que eram muito mais violentos
Antigamente as seleções reuniam os melhores elencos do mundo, hoje temos isso nos clubes europeus
Tem seu Record de gols de 58 sem ser o cobrador de pênalti oficial de seu clube
Nunca fez gol em seleção de batalhão do exército (Tim Vickery)

Os times que disputavam os campeonatos pelo Brasil, mesmo hoje inexpressivos, eram os melhores do mundo na época

Para expor minha opinião, levo essa discussão para outro campo: a Música.

Quando questionamos qual o melhor guitarrista de todos os tempos, o nome de Jimmy Hendrix é uma unanimidade. Mesmo assim, todos sabem que ele não tinha as mesmas qualidades de outros gênios da guitarra que temos hoje, mas foi um guitarrista atemporal! Revolucionou a música com sua genialidade e originalidade.

Na minha opinião, claro que Messi é melhor que Pelé como atleta. Ele provavelmente é mais rápido, ágil, deve ter um chute mais forte e provavelmente é mais habilidoso também.

Minha grande dúvida é se ele pode revolucionar o futebol como fez Pelé. Se ele pode ser considerado tão acima de seu tempo como foi Pelé e Hendrix. Para então poder ser considerado o melhor de todos os tempos.

Fica aberta a discussão! Deixe sua opinião no comentário. Tentem ser mais analistas e menos torcedores na hora de formar e expor suas opiniões. Deixemos a rivalidade Brasil x Argentina de lado para não sermos tão mal educados como o nada profissional Toninho Nascimento nessa discussão que se passou ao vivo no programa Redação SporTV!


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

...e mais apreensivos!


          Eu tenho uma opinião e, por mais que todos tentem provar que ela é um tanto quanto equivocada, nunca vou deixá-la de lado. Eu diria que pelo menos por uns 30 anos, pelo menos até o tempo em que algum time de pouco poder aquisitivo volte a figurar entre os campeões nacionais. Vou compartilhá-la aqui e não venham tentar me fazer mudar sobre ela, apenas aceitem e defendam a sua.
          Quando eu digo todos, eu cito países, dirigentes, times. Essa falta de competitividade ao final do ano torna-se um tanto quanto chata, irritante. A espera pelo Natal, pelo Ano Novo já foi mais movimentada. Pontos corridos é um verdadeiro remédio para hipertensos. Há quem diga de Cruzeiro, São Paulo, Fluminense em outros anos. Qual a graça do final de campeonato, quando tudo já está certo. Tudo bem, digam alguns que ano passado foi emocionante. Beleza, um ano, apenas um ano. A disputa que nos traz emoção normalmente fica por conta da Libertadores. E esse ano, nem isso. Já não basta vermos na Europa sempre os mesmos campões.
           Antigamente, há essas horas, a briga se seguia até o décimo, décimo segundo time. Os estádios iam encher, porque aí sim, aí entraria no mata-mata, na verdadeira emoção. Na verdadeira torcida pelo seu time, e não torcendo para que o outro time ganhe ou perca para que o seu tenha chance. Nessas horas o que valia era a raça, a vontade de chegar longe. Era a chance de times como Náutico, Ponte Preta chegar ao topo. Mas com essa fórmula, só o que fazem é tentar jogar a primeira fase da Sul-americana e ganhar dinheiro vendendo alguns jogadores que se saíram bem nos gramados durante o ano.
           Vou continuar vendo o futebol, porque gosto, não porque está me atraindo. E acho que por muitos anos ainda, porque afinal, meu coração vai bem das pernas. E acho que se depender do Campeonato Brasileiro, vai continuar assim por um longo tempo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

... e nós ja fomos mais apaixonados

Fluminense em um dia normal de campeonato brasileiro


O post de hoje fala da triste média de público que temos no futebol brasileiro. A empresa de consultoria Pluri fez um recente estudo divulgando os clubes mundiais com as 100 maiores médias. Do Brasil, apenas 3 times entram nesta conta.

http://www.pluriconsultoria.com.br/uploads/relatorios/os%20100%20times%20de%20maior%20publico.pdf

Em outra tabela, vemos a comparação entre os países dos clubes apresentados. O Brasil aparece na triste décima colocação. Isso porque esta tabela conta apenas a média de publico dos clubes do país que estavam entre as 100 maiores médias do mundo, porque se dependêssemos da média pífia de times como Botafogo, Fluminense e Santos, certamente estaríamos mais abaixo neste ranking.

Vale a situação para pensar o que está acontecendo nas arquibancadas do futebol brasileiro.

Vale também deixar os parabéns ao Santa Cruz, Corinthians e Bahia, os representantes brasileiros na lista.

P.S.: O Borussia Dortmund tem a surpreendente média de ocupação de 100,1%! Isso mesmo! Poderíamos ter uma aula com esses alemães!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Melhores do mundo....

...ou pior liga, dentre as grandes, do mundo??


Ao buscar uma informação no site da ESPN me deparei com uma notícia interessante. Falcão García atingiu uma sequencia como Messi já atingiu. São 16 gols em 10 jogos. Não tenho dúvidas, e inclusive imagino que ninguém tenha, que Messi, Cristiano Ronaldo e Falcão García, são hoje os melhores jogadores do mundo. E observando um pouco melhor este fato percebemos que os 3 atuam por times da liga Espanhola. Aí fica a questão que me intrigou, os 3 são os melhores jogadores do mundo porque realmente jogam o melhor futebol ou porque jogam em uma liga mais fraca tecnicamente comparada as outras liga??

Muito se discute se Cristiano ou Lionel é melhor?? Qual faz mais gols, qual dribla, chuta, cabeceia ou faz o que quer que seja  melhor. Mas pouco se discute a qualidade do futebol Euroupeu. Sem dúvida alguma o futebol mais forte na Europa é o da Inglaterra, seguido do Alemão, e Italiano e Espanhol logo atrás.

Imagino que ninguém ousaria discordar, que mesmo em uma liga fraca, os 3 jogam muita bola, até porque Ronaldo tem uma média de 1 gol ou mais por jogo pelo Real, em mais de 150 partidas, Messi é 3x o melhor do mundo e este ano já bateu o recorde dele mesmo de mais gols em um ano, além de ter batido em média o melhor ano do Pelé (contando apenas jogos oficiais). E Falcão se destaca desde a época de River e depois em times secundários europeus como Porto e Atl. de Madrid. 

Considero Messi o melhor, pelo estilo de jogo e pontecial que ele tem, porém não podemos esquecer que Ronaldo se destacou muito e  marcando muitos gols pelo Manchester United. Neste ponto considero que Ronaldo leva uma vantagem sobre os outros dois, de já ter atuado em uma liga mais forte e ter se sobresaído, mesmo que na época Chelsea e Man City estivessem começando a fazer seus enormes investimento e o United era soberano.

A minha opinião é que os 3 sem dúvida se destacariam em qualquer liga do mundo, atuando em ligas mais fortes fariam jogadas e partidas tão espetaculares quanto hoje em dia, porém com menos gols. E você leitor o que acha?? A liga espanhola favorece os 3 artilheiros ou eles fazem a liga parecer mais fraca?

Abraços,  Rabugento Tricolor.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Futebol de rua, quem nunca jogou?


Enquanto os blogueiros se entendem sobre quem postará seguem as regras do futebol de rua, já que piá pançudo que é piá pançudo certamente já jogou.



domingo, 7 de outubro de 2012

Més que un clàssic



Em dia de eleições no Brasil, tivemos o clássico mais politizado do mundo no Velho Continente. De um lado os tradicionais, milionários, direitistas do Real Madrid. No outro, os separatistas, rebeldes, anarquistas (mas não menos ricos) do Barcelona.

O Barça contou com os melhores e mais bem preparados jogadores do mundo. Criados, crescidos e unidos numa causa: Tornar o Barça maior do que já é. Como sempre, teve Messi, a Grande estrela, o melhor de todos, o mais adorado, o Lula da bola, em mais um dia de gols.

Mas do outro lado, O Real tinha seu capanga. O Assassino da bola: Pepe! Mesmo falhando no primeiro gol, desceu o sarrafo como de costume e novamente conseguiu segurar o toque rápido e os ataques do Barça.

E o que falar dele: Cristiano Ronaldo! Mesmo sem os gritos da multidão fez 2 gols de quem sabe a hora de aparecer e subir na campanha. Destaque para o segundo, que veio um minuto após a vaia dos 96 mil espectadores que zombaram o craque quando tentou uma bicicleta e caiu de costas. Na comemoração, sem falar uma palavra, discursou com a alegria e confiança de um político eleito, cutucando a torcida adversária com sinais de “calma”.

Lindo Clássico, com direito a hino, boca de urna antes do jogo, grito de independência, lazer na cara, santinhos no mosaico... Tudo igualzinho ao Brasil.

Falando em igualzinho ao Brasil, não vi ninguém com a camisa do Real ou até da Espanha no meio da torcida do Barça. Também não notei nenhum torcedor entre os catalães pedindo a camisa do Cristiano Ronaldo.

Aliás, acho que se tivessem uns 75 mil torcedores a menos, um gramado mais judiado e um juiz que não começasse o jogo caso protesto não terminasse, eu confundiria com um jogo do Brasileirão! Pois a Paixão, meus amigos, é a mesma, ela é Universal.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Fair Play ou Bobagem?

    Terça agitada no mundo da bola com rodada da Champions. Porém, e sempre há um porém, não será esse o tema abordado hoje. Quero compartilhar de um pensamento que me intrigou bastante ao ver um jogo da semana passada. O jogo é pelo Campeonato Italiano entre Napoli x Lazio.
    O jogo estava em seus minutos iniciais, empatado em zero tentos para cada time, quando em um escanteio o atacante Miroslav Klose desviou a bola com a mão e anotou o primeiro gol para a equipe da Lazio. O lance causou uma revolta por parte dos jogadores napolitanos que estavam perto e viram com clareza o toque ilegal. Fato que não foi visto pela arbitragem, validando o gol. Klose se acusou, confirmou o toque com a mão e o juiz anulou o gol. Foi parabenizado pelos jogadores em campo e pela torcida no estádio. Qual o o sentimento acometeu a torcida da Lazio? O jogo terminou 3x0 para o Napoli se não me engano.
    Há vários outros exemplos na história, o nigeriano Kanu em 2000 pelo Arsenal, tinha acabado de entrar e roubou uma bola que teoricamente era pra ser devolvida, garantindo a vitória para os Gunners. A pedido do técnico do Arsenal, o jogo se repetiu. Mas e em jogos onde a importância é muito maior? Pelas eliminatórias européias para a Copa do Mundo 2010, qual o sentimento dos franceses se o astro Thierry Henry confessasse que dominou a bola com a mão intencionalmente para tocar ao companheiro fazer o gol que eliminou a Irlanda? Ou se puxarmos um pouco mais da memória, talvez não de alguns, e se na final da Copa do Mundo de 86, Maradona acusasse a Mão de Deus.
   Talvez para alguns casos como o de Neymar, o fair play como uma de suas virtudes, descriminalizaria um pouco essa fama de cai-cai.
   E vocês caro(s) leitor(es), o que acham desse rótulo de Fair Play?? E lembram de algum outro lance que possa ser relatado??



Alvinegro Baleteado.

sábado, 29 de setembro de 2012

Era uma casa muito engraçada...opa, que casa??


Em uma época em que se fala muito em arenas, copa do mundo, uso ou não de dinheiro público, superfaturamento em obras em estádios um assunto muito relevante vem à tona. A estrutura, não só em centros de treinamentos como também de estádios. O estádio é a casa, o coração de um clube, onde você recebe os conhecidos, convidados ou até inimigos para praticar o jogo e há muito tempo este assunto me incomoda. Atualmente dos 20 clubes da série A, 13 possuem suas próprias casas, dos 7 que jogam em casa emprestadas/alugadas, 6 são times considerados grandes (Galo, Cruzeiro, Fla-Flu, Botafogo, Corinthians) sendo que um deles está construindo um estádio superfaturado com dinheiro público e o outro "arrendou" um estádio também construído pelo governo. Os outros 4 se aproveitarão das reformas pra copa pra utilizarem dois estádios novíssimos e excelentes, Maracanã e Mineirão.

Eu, particularmente e sinceramente, não sei quanto estes clubes que usam estádios estatais pagam pelo uso, porém é uma coisa que me revolta muito, times que se consideram gigantes não terem uma própria casa além de ter dívidas em valores astronômicos e que jamais serão pagos. São times que devem para o governo, para ex-atletas, ex-treinadores, não tem casa e além de tudo contratam jogadores de alto gabarito e que ganham muito bem. Muitas vezes acabam não pagando os salários também ou acabam comprometendo a folha salarial dos outros jogadores e até de funcionários que atuam nos bastidores para pagarem os jogadores renomados.

Em contra partida, os clubes que possuem uma casa, que arcam com sua manutenção, que honram seus compromissos, acabam tendo que se contentar com jogadores de segundo escalão e ficando fora da disputa por títulos, em muitas vezes, por "trabalhar direito"

Já passou da hora de haver uma reforma no futebol brasileiro, profissionalizar o esporte mais praticado, assistido e discutido do país. Deveriam proibir times devedores de contratarem novos jogadores ou autorizar apenas a contratação dos que possuem passe livre. Deveriam cobrar valores altíssimos para alugar os estádios estatais, até porque a construção de um estádio com recursos próprios ou de parceiros hoje está muito facilitada como vemos no caso da Arena do Grêmio e na Arena Palestra, e esses clubes de massa deveriam conseguir ainda mais facilmente parcerias.

Arena do Grêmio, com 92% das obras concluídas
e a direita o projeto do novo Maracanã

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mentes Brilhantes

Bom dia Leitores. Hoje teremos a postagem de mais um assíduo leitor. Nosso colega Maikon. Boa leitura


         Lembro-me, como se fosse hoje, daquele gol de cabeça do Sorato na final do Campeonato Brasileiro de 89. Tinha 8 anos na época. Morava em Maringá, mas estava na casa de parentes em Curitiba. São parentes que pouco tenho contato hoje em dia e quase nada sei sobre eles, mas lembro claramente que um deles era coxa-branca e flamenguista. Do que mais me recordo do ano de 89? Absolutamente nada. Provavelmente, jamais lembraria dessa visita, não fosse por esse jogo. 
        É impressionante nossa capacidade para armazenar acontecimentos relacionados ao futebol. Visualizo perfeitamente onde assisti a cada jogo da Copa de 94 e com quem estava, mas não faço a menor idéia de onde passei a ceia de Natal e o Reveillon do mesmo ano. De cabeça, sei a escalação do Santos de 95, poderia até citar os principais reservas. Mas teria que fazer um esforço grande para listar os nomes de 11 pessoas que estudaram comigo na oitava série.
        Quando o assunto é futebol, lembramos de nomes, anos, gols, lances, detalhes. A memória funciona à todo vapor. E não precisamos ter vivido o momento, basta ler, assistir, ouvir falar, que a informação futebolística simplesmente gruda e não sai mais. 
        Algumas pessoas tem facilidade com números e cálculos, outras com literatura, música, artes... Nosso dom é outro, somos gênios da bola! Não gênios do jogo jogado, como Pelé e Maradona. Somos gênios do jogo pensado. É um exercício simples para qualquer freqüentador desse espaço citar os países campeões das Copas do Mundo, desde 1930. Acredito que muitos não precisariam do Google para acertar também a maioria dos países sede e as seleçōes vice-campeãs. Mas quantos de nós conseguiriam citar os Presidentes da República do mesmo período? Eu passo, repasso e pago. 

      Gostaria de saber de vocês, blogueiros e leitores, quais suas lembranças mais antigas relacionadas ao futebol?


domingo, 23 de setembro de 2012

Fluminense: um time que merece toda a minha torcida... contra


Fim de mais uma rodada do Brasileirão. Na briga pela ponta de cima, Grêmio e Galo se abraçaram no freio de mão e assistiram o Fluminense abrir boa vantagem na ponta. Parece que a disputa pelo título fica mesmo concentrada entre esses três times. Façam suas apostas e comecem suas torcidas... eu já comecei a minha.

Não tenho time a favor nesta disputa, mas tenho um time que faz por merecer toda mina torcida contra. É um clube que representa tudo de pior que existiu, existe e existirá no futebol desse país: o Fluminense.

Explicando em tempos:
#Passado: O Fluminense representou no final dos anos 90 e início dos anos 2000 tudo de mais corrupto e injusto que existiu no futebol brasileiro. Caiu duas vezes da primeira para a segunda (sendo rebaixado realmente somente numa delas), uma vez da segunda para a terceira e subiu direto da terceira para a primeira, numa manobra da CBF, com a criação da taça João Havelange.
                                                    Atenção especial para a vergonhosa cena dos cartolas
                                                                     estourando um champagne na virada de mesa de 1997

#Presente: O líder do campeonato é um time forrado de craques. Provavelmente o melhor time do Brasil. Têm jogadores de nível internacional, como Fred e Deco. Além disso, faz dentro de campo belas atuações que se revertem em resultados positivos. Mesmo assim, sua “gigante” torcida, que leva 3.500 turistas endinheirados para a Bombonera, não é capaz de levar uma média superior a 9.000 torcedores em seus domínios.

Média de público                       Média de ocupação


#Futuro: o cenário do futebol mundial está bem definido. Times são grandes empresas, que visam lucro a seus acionistas ou donos ao invés de emoções para suas torcidas. QUE DESGRAÇA, mas é uma realidade que acontece a anos na Europa e chega cada vez mais forte para o Brasil. Pioneiro disso? Nosso “gigante de 9 mil de média” das Laranjeiras. Time que tem Celso Barros, Presidente da Unimed, há 13 anos dando as cartas. Muito esperto, ele encontrou um cenário inclusive mais confortável que os donos de clubes europeus: pois se o time ganha, é graças a Unimed, se perde, é porque é mal administrado pelos mandatários do futebol.

                                                   Celso Barros, o primeiro "dono" de clube do Brasil

                Aos poucos verdadeiros torcedores tricolores cariocas, espero ter explicado minha antipatia. Aos Atleticanos e Gremistas, fica aqui declarada minha torcida  para vocês. Boa Sorte para os três, e que não vença o melhor!




sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A mão do Luxa.

      Já que esta semana tivemos a comemoração do dia do Gaúcho, resolvi fazer esse comentário sobre o time mais tradicional do Rio Grande do Sul. Já pedindo desculpas aos colorados (não sei se há algum que entra nesse blog), não tenho nenhuma relação com o Grêmio.
      Bom, muito tem-se falado que a nova geração de técnicos está muito fraca, e a velha, como o adjetivo que a descreve, já esta ultrapassada. Porém, venho ao longo do campeonato acompanhando de perto os jogos do tricolor gaúcho. Não tem como não falar sobre o efeito Luxemburgo sobre a equipe.
      Chegou desacreditado, chegaram a dizer que iria afundar o clube em dívidas, não sei nada sobre o financeiro da instituição e vou me ater ao que é apresentado no gramado. Com algumas contratações, pontuais às deficiências do time, conseguiu implantar um bom futebol. Há 11 anos sem um título de expressão, o torcedor volta a sonhar e a se motivar. Ultimamente, jogos sempre com casa cheia ou quase. Aparentemente teremos um segundo turno cheio de emoções. Mas de qualquer forma o plantel está formado, se não for para esse ano, talvez pro próximo. Com alguns grandes jogadores como Elano, Kleber, Souza, Marcelo Moreno, dá pra se dizer que está no caminho certo. Pouco tempo atrás neste blog foi falado que o título estava entre Fluminense e Atlético Mineiro, mas MEU palpite é: Grêmio vence Galo domingo e se torna forte candidato em busca do caneco. E tchê, tenho dito!

Alvinegro Baleteado. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Lei Pelé, liberdade ou prisão?

           O assunto que vou tratar hoje teve como motivação a novela P.H. Ganso e sua saída do Santos. Novela que já deve durar mais de um ano. Mas antes de chegar a este assunto específico vamos, redundantemente, começar do início.

           Há alguns anos atrás os clubes eram "donos" do passe do atleta que possuía contrato. Com isto começou-se a falar que eles estavam presos aos clubes sem liberdade para transações para os clubes que gostariam de jogar, fosse por vontade ou motivados por melhor condição financeira. Então em 1998 foi aprovada a Lei Pelé que entre várias propostas teve mais destaque a criação do passe livre, onde o jogador teria liberdade para trocar de equipe. Todo mundo (empresários e jogadores) muito faceiros e eis que surge o direito econômico e a multa rescisória que voltaram a "prender" os jogadores aos clubes. Foi a maneira que as equipes encontraram de se proteger de oportunistas que buscam o lucro pessoal e não dão bola para a equipe formadora do atleta.

           Pois bem, todo mundo (equipes, empresários e jogadores) se adaptou a nova situação de multa rescisória e então os jogadores de talento continuaram presos com multas altíssimas e recentemente tivemos e temos dois casos clássicos de Oscar saindo do São Paulo rumo ao Inter de Porto Alegre e após para o Chelsea e agora com o Ganso. A novela Ganso parecia ter chego ao fim com o acerto do pagamento à vista por parte do São Paulo, porém o Santos falou que só libera após a DIS (detentora de parte do passe do jogador) retirar a ação que tem contra o Santos devido a uma outra transação, aliás a história deste processo é quase enredo de filme (se quiserem se informar mais http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2012/09/ganso-peixe-confirma-acordo-com-tricolor-mas-ainda-nao-libera-meia.html#atleta-paulo-henrique-ganso).

              Bom no caso específico do Ganso temos alguns pontos. O atleta na época da renovação foi muito mal remunerado e hoje encontra-se com salário muito defasado. Muito defasado se ele estivesse jogando, pois faz algum tempo que está no estaleiro, ao melhor estilo "Podrinho" (Pedrinho ex-jogador do Vasco). Então a situação é a seguinte. O jogador tem um salário ruim, para os padrões de jogador, e longo, até 2015, não está interessado mais em jogar em um clube onde é subvalorizado. O clube tem os direitos econômicos do jogador e sabe que assim que ele sair, se não se machucar, voltará a atuar em alto nível e sua futura equipe lucrará muito e por isto não quer liberar por pouco. E então temos um jogador que não joga e uma equipe pagando salários a toa. Um ponto interessante é que o contrato até 2015 está assinado e na época o jogador achou interessante, porém sem a vontade de atuar este contrato acaba não valendo nada e aí é a grande questão, da qual eu não tenho uma opinião formada.

                  Até que ponto uma equipe deve "prender" um jogador? Até que ponto um contrato, baseado na lei, tem mais validade que a vontade de jogar em determinada equipe?? O jogador  pode fazer corpo mole pra querer se livrar de um contrato assinado por ele?? Enfim, um assunto polêmico, pois se o jogador quiser ser mau-caráter, não joga mais e só sai para o time que ele estiver afim e o clube fica com o abacaxi pra descascar. Abacaxi que só existe porque os clubes são obrigados a impor altas cláusulas para não ter seus jogadores roubados por empresários picaretas. E empresários que passaram a existir em maior quantidade após a lei Pelé, que tinha justamente a intenção de facilitar as negociações dos jogadores de um clube para outro.

Abraços,
Rabugento Tricolor

domingo, 16 de setembro de 2012

Il ''Vero'' Calcio Italiano - Le Scommesse

Boa noite caros leitores. Hoje teremos a segunda participação de um leitor. O leitor é o Felipe Oliveira, nosso informante direto da Itália que comentará eventualmente sobre futebol Europeu. Segue seu texto.


             Apostar. Um hábito comum entre europeus, principalmente ingleses e italianos. Casas de apostas são totalmente legais nesses países e a quantidade de apostadores a cada partida é incalculável. As apostas funcionam da seguinte maneira: cada partida possui uma cota para os possíveis resultados. Além de poder jogar entre a vitoria, empate e derrota de cada equipe, existem milhares de outras opções como quantidade de gols marcados na partida, resultado exato, primeiro time a marcar, cartão amarelo pra ‘tal’ jogador, entre outras... 

             Um exemplo: Roma x Bologna, partida jogada neste domingo às 15h. Resultado final: vitória do Bologna por 3x2 de virada. Quem jogou “1/2” (vitoria da Roma no primeiro tempo e do Bologna ao final da partida) teve sua aposta multiplicada por 27,0. Ou seja, apostando 5 euros nesse improvável resultado, o apostador ganharia 135 euros ao final da partida. Um tanto improvável, mas não pra quem já sabia que esse seria o resultado final da partida...

             Antes de começar a temporada européia, muito jà se falava do 'calcio'/futebol italiano e seu envolvimento no mundo das apostas. O episòdio ficou conhecido no mundo inteiro como 'calcioscommesse' (termo em italiano usado pra designar o ato de apostar nas partidas de futebol) e se agravou principalmente durante a Euro 2012, em que o lateral italiano Domenico Criscito (atual jogador do Zenit) foi proibido pela federação italiana de jogar a competição devido ao seu envolvimento em jogos armados ainda pela temporada de 2009, na qual ele jogava pelo Genoa. Antes de Criscito, no final da temporada passada, Cristiano Doni - capitão da Atalanta, foi preso pelo mesmo motivo. E no começo da atual temporada, Lecce e Grosseto foram automaticamente rebaixados à serie C1 (equivalente à terceira divisão) também por envolvimento no esquema em temporadas anteriores.

        

                   Voltando ao caso Criscito. A exclusão da Euro foi muito polemica porque junto com a sua acusação estavam a do goleiro Buffon e do zagueiro Bonucci, ambos da Juventus. No final da historia ambos os juventinos foram inocentados e conquistaram o vice campeonato junto com a ‘squadra azzurra’. Porém, o que poucos sabem é que provas concretas ligam Bonucci e Buffon ao esquema das apostas e nada foi feito. Buffon, por exemplo, tem o comprovante de um pagamento numa banca de jornal/livraria, que também servia como filial de uma casa de apostas, no valor de 100 mil euros como parcela de pagamento de um relógio. Algo absurdo e que saiu na imprensa mas que não foi levado à julgamento. 

            Agora, a principal questão que busco levantar com esse tema. O que leva um jogador como Buffon, campeão do mundo em 2002, a ‘vender’ resultados do próprio time e ainda apostar correndo risco de queimar o próprio nome? O que seria do Brasileirão se esse esquema de casa de apostas fosse legal no nosso país? 


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Uma experiência a ser compartilhada




Estava a dormir em meu apartamento de praia neste ultimo sábado. Feriado da semana da pátria, cidade de Barra Velha (litoral norte de Santa Catarina) cheia de seus turistas sazonais. De repente sou acordado pelos gritos de gol vindo do bar próximo. Curioso e apaixonado por futebol que sou, acordei e desci rapidamente para acompanhar o que estava acontecendo. Era o jogo entre JEC (Joinville Esporte Clube, para os leigos) e Avaí, pela segunda divisão. Aproximadamente 30 torcedores acompanharam a vitória do time Joinvillense sobre o time da Ilha.

Após o jogo, permaneci no bar para acompanhar o jogo do meu time, Coritiba, contra o Flamengo. Poucos torcedores permaneceram, entre estes, o único Avaiano que acompanhou o jogo anterior.

Iniciada a partida, este começou a demonstrar que estava torcendo pelo flamengo. Indagados com a situação, os Jequianos que permaneceram no bar questionaram ele sobre o porquê de tal fato. Ele se explicou:
-É que eu torço pelo Avaí, Palmeiras e Vasco.

Todos zoaram este cidadão, que tentou se explicar, falando que quando criança acompanhou pela televisão estes times, enquanto os times do estado não tinham tamanha divulgação. Disse ter acompanhado o time da tal “Academia do Palestra”, que jogou o futebol mais bonito da história e por isso torcia contra o Coritiba, que briga com o Palmeiras para sair da ZR.

Aí que veio a jogada de mestre, quando o dono do bar, meu amigo pessoal, o colorado Rogério, que falou para ele:
-E aí você ensina seu filho a fazer a mesma coisa, né?

Lições sobre toda a situação:

#1 No futebol, não se deve escolher time pela qualidade, títulos ou jogadores. Acredite: seu filho não será o melhor do mundo. E você... vai amá-lo menos por isso?

#2 Time é como mãe: único. Você pode até simpatizar com outro, mas torcer contra um time porque seu outro time corre risco??? É muita bagunça.

#3 Você pode muito bem ser Corintiano ou Flamenguista, mas saiba que isso acontece porque a Globo passa semanalmente pelo menos um jogo e dedica um bloco do Globo Esporte para esses times. Acredite: não é um sentimento inexplicável.

#4 Torcer pelo time da sua cidade/região, e poder acompanhá-lo de perto, no estádio ou mesmo num barzinho, é muito bacana.

#5 O JEC é um time Grande. Não um desses de empresários que vimos ultimamente na primeira divisão como São Caetano, Grêmio Barueri e Santo André. Tem seus torcedores (locais em sua gigante maioria) e uma média de público maior que a do Líder da primeira divisão, o “Gigante” Fluminense (http://globoesporte.globo.com/numerologos/platb/2012/08/15/norte-nordeste-paixao-incondicional/). Por isso, seria muito bacana vê-lo de volta a Primeira Divisão.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Agora o bicho pega.

    "Grandes" leitores, retornando do feriado prolongado, espero que estejam afiados para novas discussões. Desde já pedimos desculpas pela ausência de postagens nesses dias. Bom, no dia de hoje quero falar em particular sobre 4 clubes. Fluminense, Vasco, Bahia e Palmeiras.
     Bom, ao Fluminense só  me resta parabenizar pelos dois últimos jogos, vitórias em casa e fora, que lhe renderam a liderança isolada do campeonato. Tudo bem, o Atlético está com um jogo a menos. Mas creio que não há grandes surpresas com este fato, já que é o campeão de 2010, e só faz o seu dever já que seus investidores gastam tudo e mais um pouco para manter o clube com um bom plantel.
    Já o Vasco, perdeu dois jogadores de suma importância ao longo da competição, e apostou forte na força do grupo, uma constante no ano anterior. Não deu certo. Hoje há quem diga que uma crise está instalada. Não acredito que uma mudança de treinador vá mudar muita coisa por lá.
   O Bahia está por ser uma equipe que vai incomodar e tirar pontos que todos julgam fáceis antes da partida. Seus últimos jogos foram belas apresentações. 10 pontos em 12 jogados. E jogos difíceis contra grandes equipes ( Santos, Atlético Mg, Vasco). Vale salientar a força que o grupo atingiu depois da chegada de Jorginho.
    Sobre o Palmeiras, muito foi falado aqui neste blog sobre o Felipão, estilo copeiro do time. O campeonato é longo, e a equipe não demonstra todo aquele ímpeto. Suspensões, lesões e até convocações para seleção vem tirando o sono do Senhor de Bigode. Hoje está a 5 pontos do Coritiba, primeiro clube acima da zona de rebaixamento. Não vejo o Palmeiras jogando a segundona ano que vem, mas passará por belos apertos.
É meus amigos, agora o bicho pega.

Alvinegro Baleteado.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Maior sobrevida aos técnicos…


…mudança de mentalidade,  simples falta de opções ou falta de planejamento??

Esta semana o PVC, jornalista da ESPN Brasil, exaltou o fato de que no primeiro turno do campeonato brasileiro de 2003 (o primeiro de pontos corridos) teve 23 trocas de técnicos, e no campeonato de 2012 foram apenas 9. Com estes dados ele pediu uma reflexão de todos com relação ao planejamento que as diretorias têm com relação a manutenção de técnicos atualmente.
A minha reflexão segue outro lado, que já vem me preocupando há algum tempo. A renovação de técnicos vêm ocorrendo de forma muito ruim e não vemos novos técnicos se destacando. Os técnicos da nova geração são muito fracos e se vocês perceberem nomes como Celso Roth, Abel Braga, Oswaldo de Oliveira, Leão e Joel Santana, que são técnicos da geração anterior e pouco vitoriosos reaparecem corriqueiramente em grandes equipes. Percebe-se claramente que técnicos novos como Ney Franco, Renato Portaluppi, Vágner Mancini, Adílson Batista, Silas, Caio Jr., Cuca, Dorival Jr. entre outros não possuem a confiança de dirigentes de grandes equipes e estes por sua vez acabam gastando uma dinheirama em consagrados que em muitas vezes não resolvem como Wanderley Luxemburgo, Muricy Ramalho e Felipão.

Sou daqueles que pensam que quanto melhor o time, menos necessária é a intervenção de um técnico. Mais ou menos daquela opinião em que “é melhor só que o técnico não atrapalhe”, como já foi muitas vezes dito para técnicos da seleção Brasileira. Porém admiro trabalhos dos técnicos consagrados que citei, em que muitas vezes com uma substituição ou outra, ou uma gritaria e um dedo na cara modificam a equipe e conquistam vitória e talvez esse pequeno detalhe possa fazer a diferença em uma final ou em algum jogo decisivo.

Infelizmente não vejo pontecial na nova geração para ter este “Q” a mais e sinto que cada vez mais os dirigentes terão que fazer um planejamento a longo prazo “forçado” e assim quem sabe acertem, aprendendo uma nova maneira de administrar e quem sabe revolucionando a gestão do futebol no Brasil.

E você o que acha?? Será que o planejamento a longo prazo realmente está surgindo, a falta de opções está proporcionando isto ou até mesmo a falta de planejamento com contratos longos e multas rescisórias altas estão fazendo com que menos técnicos percam seus empregos??
Segue uma frase que simboliza um dos meus ídolos, Felipão:

"Um bom chefe faz com que homens comuns façam coisas incomuns." – Peter Drucker

Abraços, Rabugento tricolor.

domingo, 2 de setembro de 2012

A voz dos oprimidos: Não há lugar para doçura em um zagueiro

Caros "Futisleitores", é com muita honra, e algum atraso, que publicamos a primeira opinião de um piá pançudo leitor no nosso blog. Segue o texo entitulado acima, de Daniel Bonotto.


"Em reconhecimento ao legítimo movimento grevista, finalmente “os caras que tem um blog” abriram espaço para voz do povo: o leitor tem aqui o seu espaço. É meu  dever usar bem deste momento e deixar algo importante registrado – um marco para posteridade. O problema é que não tenho nada pra dizer e, embora tenha mais o que fazer,  vou tentar não estragar o refrão e mandar uma prosa sobre a vida de zagueiro. Na zaga não há lugar para doçura.

Há quem admire os  zagueiros-craques. Daqueles que sempre chegam na bola, desarmam e saem jogando com a cabeça erguida. Acham incrível o feito de um Gamarra, que saiu de uma Copa do Mundo em oitavas de final sem cometer uma só falta (1998). Temos visto no futebol brasileiro uma recente valorização deste tipo de jogador. Paulo André, zagueiro campeão da América pelo Corinthians é destes jogadores – leve, clássico e até intelectual. Juan foi repatriado pelo Internacional. Enfim, parece ser uma tendência que os últimos jogadores à frente do goleiro devam ser elegantes arautos do fair play.  O zagueiro-meigo está na moda.   

Quem me conhece sabe que prefiro o estilo de zagueiro-grosso, zagueiro-zagueiro, daqueles chuta para frente e chega rasgando. Aliás, não só prefiro mas me identifico com eles – como técnico do Paraguai jamais teria escalado Gamarra com Catalino Rivarola ainda atuando em 1998. Acredito que zagueiro tem que ser feio e impor respeito até com o olhar. De preferência, daqueles que apresentam as credenciais logo no início, para o atacante não ficar folgado e enquanto o juiz ainda tenta levar o jogo na conversa.

Zagueiro bom não tem recurso, mas compensa com força e disposição.  Afinal, a falta faz parte da jogo e está nas regras. Ora senhores, se o cara é bom de bola deveria ser meia-atacante. A zaga deve ser um lugar inóspito e amargo. Zagueiro bom é aquele que para ser vencido exige mais do que habilidade, exige coragem". 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Oportunidades aos Leitores!!

Boa noite leitores!!
Um de nossos fundadores, devido a compromissos profissionais, encontra-se com dificuldade para as postagens. Em vista disto e como estímulo para divulgação do blog estaremos dando a oportunidade para, eventualmente, os leitores poderem postar sua opinião, não só nos comentários e sim como posts. Serão escolhidos devido assiduidade, coerência, personalidade e caso tenham algum assunto relevante para expor aos outros leitores.

O próximo post já será de um dos leitores. Espero que gostem, que compartilhem entre seus amigos pois em breve poderá ser seu nome estampado no blog

Abraços a todos.
Rabugento Tricolor

domingo, 26 de agosto de 2012

Futebol 2 a 2 – Uma análise do primeiro turno do brasileirão



Pos.
 
Equipe
P
J
V
E
D
GP
GC
SG
Atlético/MG
Atlético-MG
43
18
13
4
1
33
13
20
Fluminense
Fluminense-RJ
42
19
12
6
1
31
11
20
Grêmio
Grêmio-RS
37
19
12
1
6
29
16
13
Coritiba
Vasco da Gama-RJ
35
19
10
5
3
25
17
8
São Paulo
São Paulo-SP
31
19
10
1
8
29
24
5
Internacional
Internacional-RS
31
19
8
7
4
22
15
7
Botafogo
Botafogo-RJ
28
19
8
4
7
30
24
6
Cruzeiro
Cruzeiro-MG
28
19
8
4
7
2
27
-3
Flamengo
Flamengo-RJ
26
18
7
5
6
21
22
-1
10º
Santos
Santos-SP
26
19
6
8
5
23
23
0
11º
Náutico
Náutico-PE
24
19
7
3
9
24
29
-5
12º
Corinthians
Corinthians-SP
24
19
6
6
7
20
20
0
13º
São Caetano
Ponte Preta-SP
23
19
6
5
8
21
26
-5
14º
 São Caetano
Portuguesa-SP
22
19
5
7
7
17
21
-4
15º
Vitória
Coritiba-PR
19
19
5
4
10
31
37
-6
17º
Barueri
Bahia-BA
17
19
3
8
8
15
24
-9
16º
Palmeiras
Palmeiras-SP
16
19
4
4
11
18
23
-5
18º
Internacional
Atlético-GO
16
19
3
7
9
20
33
-13
19°
América-RN
Sport-PE
15
19
3
6
10
13
26
-13
20º
Náutico
Figueirense-SC
14
19
3
5
11
18
33
-15

Galo e Figueira – Os Favoritos

Dois times que sobram nos extremos da tabela. Sobram tanto que independentemente dos resultados da ultima rodada já sabiam onde terminariam o primeiro turno. Galo passa voando pelos adversários, tem um jogo a menos, e é sem dúvidas o candidato mais forte ao título. Figueira segue como favorito a uma vaga na série B.


Grêmio e Bahia – Os Investidores

                Eles foram os maiores contratadores do ano no futebol brasileiro. Um com a sedução financeira, outro com um plano de aposentadoria no litoral. Grêmio, com um elenco forte, passa a se encontrar em campo e chega como um candidato a vaga para libertadores. Bahia, com seus ex-atletas em atividade, segue com alto risco de rebaixamento.


Palmeiras e Coritiba – Os Limitados

                Finalistas da Copa do Brasil, são as provas vivas da limitação técnica da copinha deste ano. Brigarão para não cair até o fim, com provável descenso alcançado por pelo menos um dos dois.


Corinthians e Dragão – Os Atrasados

                Estáveis nas suas posições (Dragão em ultimo e Corinthians na ZR) resolveram começar a jogar bola no fim do primeiro turno. Conseguiram abandonar o marasmo e brigar por uma situação melhor. Se não voltarem ao sono (como na ultima rodada), podemos ter um Corinthians brigando pela taça e um Atlético saindo da ZR no fim do campeonato.


Inter e Botafogo – Os internacionais

                Dois clubes que parecem mais interessados em expor suas estrelas que jogar bola. Inter tem time para brigar por título, mas acho difícil de conseguir uma libertadores. Botafogo não teve uma seqüência na competição e deve permanecer na zona do agrião até o fim.


Santos e Flamengo – Os Ajudados

                Atrações da mídia, um por ser a maior torcida do Brasil, outro por ter um periquito atacante, devem ter aquela ajuda do apito para que consigam seus objetivos (permanecer na primeira e disputar a libertadores).


Vasco e Cruzeiro – Parecem, mas não são

                Chegaram forte no início da competição, no caso do Cruzeiro como uma grande surpresa depois da pífia campanha de 2011, mas parecem que não são times para os objetivos imaginados no início. Vasco deve ficar só com a libertadores e Cruzeiro com as mãos abanando.


Náutico e Portuguesa – Perigo aparentemente distante

                Times que figuram hoje numa posição tranqüila da tabela, mas que são sim candidatos ao rebaixamento. Todo ano tem alguém que não corre risco e de repente cai. Devido ao futebol apresentado por estes times, são candidatos a essa vaga.


Fluminense e São Paulo – Os Qualificados

                Dois dos melhores elencos do brasileiro, tem seus objetivos traçados e sabem que são difíceis. Mas com a qualidade que possuem, são sim capazes de surpreender, chegando ao título e libertadores.


Ponte e Sport – Os Sozinhos

                Não tem relação nenhuma um com o outro, mas também não tem com ninguém mais. Ponte começou lá em baixo na tabela e parece ter seguido rumo contra o rebaixamento. Sport, na contramão, desde a 9ª rodada engatou a marcha ré e desce uma posição por rodada rumo à lanterna.

E você, concorda com estas posições?