Dias atrás falei da possibilidade
de uma serie A nacional formada por mais times. Nada como um dia após o outro
para mudar de opinião.
Justifiquei uma serie A com mais
times apoiado na idéia de que o Brasil é um país de dimensões continentais, não
podendo ter um torneio baseado na fórmula dos campeonatos europeus. Achava uma
injustiça times com belas torcidas, como Paysandu, Remo, Santa Cruz dentre
outros amargarem uma sequência de anos longe da elite nacional.
O problema é que, semana passada,
assisti ao jogo entre Coritiba e Náutico, no estádio dos aflitos. Fiquei
indignado com a condição do gramado. Com certeza já joguei em campos de pelada
melhor do que aquele. O time tem que dar, se não aos seus jogadores, pelo menos
aos adversários, a estrutura mínima para o atleta atuar com segurança e desempenhar
um bom futebol.
O fato não é o gramado por si só.
É que o gramado é aquilo que mais vemos no estádio. Imagina aquilo que fica
escondido das câmeras! Um clube que não dá uma estrutura mínima para seus
visitantes, não merece uma vaga entre os grandes do Brasil.
Não deixo de ser um admirador das
fanáticas torcidas do Norte e Nordeste por esse fato. Apenas creio que se esses
clubes querem mais adeptos da idéia de que eles merecem mais espaço na elite,
precisam dar um mínimo de estrutura para um futebol de bom nível. Caso contrário,
ficarão para sempre com seus times revezando entre 2 ou 3 das 20 vagas da nossa
elite (como mostra a preconceituosa, mas verdadeira, piada do NaoSalvo.com.br
sobre os times da elite em 2011).