terça-feira, 31 de julho de 2012

Gramado dos Aflitos


Dias atrás falei da possibilidade de uma serie A nacional formada por mais times. Nada como um dia após o outro para mudar de opinião.

Justifiquei uma serie A com mais times apoiado na idéia de que o Brasil é um país de dimensões continentais, não podendo ter um torneio baseado na fórmula dos campeonatos europeus. Achava uma injustiça times com belas torcidas, como Paysandu, Remo, Santa Cruz dentre outros amargarem uma sequência de anos longe da elite nacional.

O problema é que, semana passada, assisti ao jogo entre Coritiba e Náutico, no estádio dos aflitos. Fiquei indignado com a condição do gramado. Com certeza já joguei em campos de pelada melhor do que aquele. O time tem que dar, se não aos seus jogadores, pelo menos aos adversários, a estrutura mínima para o atleta atuar com segurança e desempenhar um bom futebol.

O fato não é o gramado por si só. É que o gramado é aquilo que mais vemos no estádio. Imagina aquilo que fica escondido das câmeras! Um clube que não dá uma estrutura mínima para seus visitantes, não merece uma vaga entre os grandes do Brasil.

Não deixo de ser um admirador das fanáticas torcidas do Norte e Nordeste por esse fato. Apenas creio que se esses clubes querem mais adeptos da idéia de que eles merecem mais espaço na elite, precisam dar um mínimo de estrutura para um futebol de bom nível. Caso contrário, ficarão para sempre com seus times revezando entre 2 ou 3 das 20 vagas da nossa elite (como mostra a preconceituosa, mas verdadeira, piada do NaoSalvo.com.br sobre os times da elite em 2011).


domingo, 29 de julho de 2012

Abre o olho!!!

      Final de semana agitado no mundo da bola. No brasileirão, jogos muito acirrados porém sem muita movimentação na tabela. Sábado tivemos a estréia de Diego Forlán pelo Internacional, que pouco fez, idem ao time cruz-maltino, empate sem gols. O coxa, mais uma vez em seus domínios, marcou o início de uma recuperação ao quebrar uma série de quatro vitórias consecutivas do tricolor gaúcho. Botafogo, sofrendo como sempre, chorou pra marcar sobre o lanterna do campeonato.
      Neste domingo, minha atenção foi especial para 3 jogos. Com a volta em grande estilo do Fabuloso, que pouco tempo atrás havia sido vaiado, o São Paulo bateu facilmente o time do Flamengo, time que passou 45 minutos sem dar um chute a gol. Quem fará a façanha de não ganhar deste time no campeonato? Os outros dois jogos foram marcados por erros de arbitragem. Grotescos ou capitais. Vai do seu ponto de vista. Mas para mim, foram decisivos no resultado final da partida. O primeiro erro, no Engenhão, em um duelo de gigantes, o Fluminense iria segurar o temido Galo doido, e se aproximar, juntamente com o Vasco, do líder da competição. Isso, se o assistente não tivesse invalidado o lance de forma equivocada. Já no outro jogo, em Minas, o Palmeiras tem todo direito de sair frustrado e irritado, afinal, os dois gols do Cruzeiro se valeram de jogadas irregulares. O primeiro, pênalti onde a falta ocorreu fora da área, e o segundo, impedimento no início da jogada do gol. Bom, mas esses erros não são os primeiros e nem serão os últimos. Agora o campeonato segue. Quem parará o Galo doido? Quem irá ganhar com a maior diferença do Flamengo? Façam suas apostas.

Vale ressaltar, do grande segundo tempo da seleção olímpica brasileira, garantindo uma boa vitória e também da eliminação da Espanha, uma das favoritas nas Olimpíadas.


Alvinegro Baleteado. 





quinta-feira, 26 de julho de 2012

O Sonho Olímpico

E mais uma vez o sonho Olímpico se inicia. Eu particularmente gosto muito das Olimpíadas, de assistir outros esportes, torcer por pessoas que muitas vezes dividem o emprego com a prática de um esporte de alta competitividade, talvez seja o único momento em que tenho o sentimento de patriotismo (inclusive na modalidade de futebol de campo). Porém, como sou praticante de futebol, tenho uma atenção especial ao futebol. Não sou torcedor da seleção da CBF, mas como citei anteriormente nas Olimpíadas o patriotismo se torna presente em mim e aí acabo torcendo pelo futebol, principalmente por ser uma medalha ainda não conquistada. E neste assunto quero abordar, com você leitor, dois pontos:

Primeiro o sonho do Ouro. Pela primeira vez, desde que entendo da vida, eu sinto que este ano a seleção conseguirá trazer o ouro inédito. A convocação foi ruim, faltaram volantes e zagueiros, porém dentro da convocação ruim o treinador Mano Menezes começou escalando o melhor time possível. Mas o principal fator que me faz confiar na conquista do ouro é porque, pelo que eu lembre, é a primeira vez que temos uma seleção Olímpica montada após a profissionalização precoce dos jogadores. O que isto quer dizer? Os jogadores brasileiros, principalmente pela carência de craques, está apaerecendo para o futebol e se transferindo para grandes centros mais cedo, e hoje seria perfeitamente possível montar uma equipe sem jogadores acima de 23 anos. Temos uma seleção altamente competitiva, experiente e profissional de jogadores precoces. Isto não acontecia antigamente e não acontece com outras seleções.

O outro ponto que quero citar é o aparente descompromisso ou salto alto que normalmente encobre nossa seleção de futebol. Este ano talvez não aconteça isto porque esta seleção está precisando provar muita coisa, principalmente com a chegada da copa. Mas normalmente a seleção brasileira de futebol chega sempre com badalação, status e acaba quebrando a cara. E o ponto é exatamente este. Me irrita muito ver os atletas de outros esportes que têm outros empregos, sofrerem 4 anos pra chegar as Olimpíadas, se dividirem entre treinar, trabalhar, ser mãe ou pai, trabalhar e no fim muitas vezes não ganhar nada e mesmo assim lutar bravamente e comemorar e enquanto isto o futebol, onde os jogadores só fazem isto da vida, atuarem com má vontade. Chegou a hora dos boleiros mostrarem que estão se preparando para copa de 2014, que também são brasileiros e que têm gana por este título.

Até porque meus amigos, se o Brasil não for favorito, não tiver motivado e não tiver esperança no futebol, não vão ser os atletas da Nova Zelândia ou da Bielorrúsia que terão.

Abraços
Rabugento Tricolor

terça-feira, 24 de julho de 2012

A culpa não é minha


    Eis que depois do almoço eu sentei no sofá da sala para assisitir ao Globo Esporte. Programa legal, sempre nos atualizando sobre os acontecimentos do mundo esportivo e sempre com algumas matérias só para encher lingüiça.
                Mas o que eu quero falar mesmo é sobre uma matéria em específico: a falta do camisa 9.  Quem é o camisa 9 ? Qual a função desse destemido jogador ? Eu explico. Na reportagem, reclamaram que os times do Paraná, mais precisamente, Coritiba, Atlético e Paraná, não possuíam jogadores aptos a vestir a tal camisa 9, já que muitas chances lhe proporcionaram e nenhum jogador a acatou.
                Agora então eu pergunto, o grande problema está no jogador com a camisa 9 ou está naqueles que municiam este jogador para que faça os gols ? Alguém joga por esses jogadores ou apenas esperam que eles tenham um lampejo de matador e façam os gols ?
                Me defendo. O “majestoso” time do Grêmio que ganhou a Libertadores em 95 tinha Jardel (nem era camisa 9, mas sim 16), e Luiz Felipe Scolari, então treinador, dava uma instrução: batia na testa do atacante e falava em voz alta “bola aqui”. Essa é a maior prova que nem sempre são os próprios atacantes culpados por sua escassez de gols, mas sim o estilo que o comandantes impõe durante as partidas. Os grandes goleadores do mundo nem camisa 9 são.
                Outro exemplo, torcedores do Inter e do Vasco concordam, Alecsandro. Não se espera muito dele, não se espera toque de bola, não se espera domínio nem nada, a única coisa que se espera é gol. E ele faz. Tudo bem, pode ser aqueles gols que qualquer um faz, mas ele ta lá e faz.
                Santos, Corinthians foram campeões sem atacantes de ofício. Sim, um tinha Zé Love e o último tinha Liédson. Mantenho a frase, ambos jogaram sem atacantes. Assim como, tomadas suas devidas proporções, Barcelona e Real Madrid não dependem de seus atacantes, mas sim de seus pontas ou de seu meio-campo. Mas e então, de quem é a culpa ?

De Valletta, o Ovo de Malta.

domingo, 22 de julho de 2012

Pátria amada, idolatrada, salve salve???


Confesso que não costumo parar com minha rotina diária para acompanhar jogos da seleção brasileira. Ontem não foi diferente disso.
Mas algo me deixou feliz ontem quando cheguei a minha casa e vi a vitória do Brasil frente à Grã-Bretanha. A mídia nos diz que estamos vivendo um momento áureo de nossa economia, refletindo-se no futebol, onde conseguimos segurar a venda de nossos jogadores para o exterior. Ao ver os melhores momentos, com lances de Lucas, Neymar e Damião, me alegrou pensar que a nossa seleção, com jogadores que atuam em nosso país, pode fazer frente a qualquer seleção do mundo. Ledo engano meu.
Não pelo fato de que nossa seleção não pode fazer frente às outras, mas sim por achar que a seleção que entrou em campo ontem é feita de craques que atuam no Brasil. Dos 18 selecionados para a seleção olímpica, temos apenas 7 jogadores que atuam no Brasil (contando com o Oscar, que, pelo que tudo diz, não retorna mais ao Inter). Ou seja, numa seleção sub-23, estamos longe de ter 50% do elenco atuando em território brasileiro.

        Isso me faz lembrar aquela seleção favoritíssima à Copa do Mundo de 2006. Brasil liderava de longe o ranking FIFA, vínhamos de vitória na Copa das Confederações, Ronaldinho Gaúcho sendo comparado a Pelé, aparecendo em 11 a cada 10 propagandas em intervalos comerciais. Mas na hora que a bola rolou, vimos um time sem alma, sem compromisso. Mas vamos exigir o quê? Uma seleção com 23 convocados, dos quais 20 atuavam fora do país (veja na tabela seguinte), que se concentra na Suíça e que não vem ao Brasil nem ao menos para ser saudado pela torcida na despedida. Era uma seleção apátrida!























Minha esperança é pela valorização do nosso futebol através da nossa seleção, não da valorização de jogadores ou de clubes do exterior. Felipão, em 2002, montou uma equipe com 13 dos 23 convocados atuando em clubes nacionais (tabela 2) e no final levantou a taça sem maiores sustos e com uma seleção que ficou conhecida como a Família Scolari! 


Quando me questionam se sou a favor de uma seleção formada apenas por jogadores que atuem no território brasileiro, sou sempre enfático ao dizer que sim. Esta é minha opinião pessoal e sei que é compartilhada por muito poucas pessoas no mundo da bola, mas que vejo como uma excelente saída para que nossa seleção sirva efetivamente para o nosso país, melhorando a qualidade de nossos torneios nacionais e formando seleções compromissadas com a torcida brasileira. Creio em uma saída mais fácil por esta forma do que aguardar que a nossa economia aquecida (que não consegue segurar jovens como Oscar, Sandro, etc.) bata de frente com a quebrada economia da Espanha, de Messi, Iniesta, Cristiano Ronaldo, Fábregas, dentre MUITOS, mas MUITOS outros craques.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Tá bagunçado, mas tem gerência!

       Tá bagunçado mas tem gerência. Com esta frase faço menção a um título de uma música de João Carreiro e Capataz ( pra quem acompanha sertanejo universitário) e também à quem acompanhou o jogo da noite passada no Engenhão. Flamengo x Corinthians.
       Porém, isto não reflete o perfil do Clube de Regatas do Flamengo. Pelo contrário. Tá bagunçado, e não tem gerência. Tá desorganizado. É o legítimo Bonde do Mengão sem freio (um salve a Emerson Sheik). Um bonde desgovernado. Sem freio  Ladeira abaixo. 
       E hoje mais um revés. Com tudo o que pediu aceito pela diretoria do clube, o argentino Riquelme disse não. Recusou a proposta. Uns alegam que ele acompanhou a partida, e ficou assustado com o comportamento do time, da torcida. Com a bagunça. Não é de se admirar mesmo.  
Uma tentativa de contratação em qual o diretor de futebol Zinho, do próprio clube, não estava ciente. 
       Amanhã fechará a janela para as contratações do exterior, e talvez o Flamengo fique sem um grande nome. E o time pro resto do campeonato será esse. Bottinelli, Ibson. Pra quem ficou preocupado com o episódio Ronaldinho "Gaúcho", eliminação na libertadores, eu diria que o pior ainda pode estar por vir. 



      E hoje, vitórias fáceis de Coritiba e Fluminense. 


      Alvinegro Baleteado. 
       

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mais uma chance, para alguns.


Eu sei que faz quase uma semana, mas é a primeira oportunidade que tenho para falar sobre a decisão da Copa do Brasil. E querem saber, nem vou comentar sobre o jogo, sobre a decisão em si. Não há necessidade, já foram feitos comentários pertinentes. Mas uma coisa ainda não foi dita, o pós. Um já conseguiu, o outro tem mais uma chance.
Já estão falando em rebaixamento faltando 29 rodadas para acabar o Campeonato Brasileiro, já estão falando em títulos, já estão falando em Libertadores 2012. E todos têm razão. O lanterna já está 6 pontos para sair da zona de rebaixamento. Essas mesmas duas partidas separam o líder da zona de classificação para a Libertadores. Muitos podem falar que 6 pontos não são muita coisa, mas a partir do momento que a pressão vai aumentando, mais real se torna o problema.
Mas nessa história toda, há um porém. Nessa altura do campeonato a maioria dos times já sabem o que almejam. Alguns sabem que têm total chance do título, outros sabem que a Libertadores é logo ali, da mesma forma que para outros o fantasma da série B os apavora. Digo isso porque além das circunstâncias que acontecem todo ano, esse ano é pior: os desfalques olímpicos. São Paulo e Inter, apesar do bom começo, terão de se superar durante as Olimpíadas. O Santos também, mas com outro objetivo, o de tentar, quem sabe, uma Libertadores. Não acredito.
Agora, onde eu queria chegar. Alguns times têm outra chance de ouro. A Copa Sul-Americana. O caminho mais rápido para a Libertadores. O campeonato onde Botafogo, Coritiba, Grêmio e São Paulo deveriam entrar com força máxima. Porque, assim como a Copa do Brasil, os times deveriam dar mais atenção à competição. Isso deixa claro que em 2012 é cada macaco no seu galho, uns vão pelo Brasileiro, porque só o tem. Outros vão pela Sul-Americana, porque a tem. E outros vão apenas jogar para ficar. Todos têm chance, só basta fazer a escolha certa.

domingo, 15 de julho de 2012

cabe mais um?



      O Brasil é um país de dimensões continentais. Somos hoje uma população de aproximadamente 200 milhões de apaixonados por futebol. É muita gente!

      Em uma comparação com outros países que tem no futebol a grande paixão nacional, podemos citar a Alemanha com 80 milhões de habitantes, Inglaterra com pouco mais de 50, Espanha com menos de 50 e Itália, com 60.

      Existe uma discrepância muito grande nesses dados. Mesmo assim, nosso modelo de campeonato nacional, com 20 times na elite, foi criado baseado exatamente no modelo aplicado nesses países.

      Acho um pecado ver times que enchem o estádio em qualquer divisão, como o Paysandu e o Santa Cruz, amargando um período de mais de dez anos longe da elite nacional enquanto tivemos no ano passado 6 clubes da elite que não conseguiram levar uma média superior a 10 mil espectadores. Duvida? Veja o link:


      Os Estados Unidos, com pouco mais de 300 milhões, pode servir em outra comparação país X país. Podemos comparar o Campeonato Brasileiro, com 20 clubes, como as grandes ligas americanas: NFL (futebol americano) com 32 times, MLB (baseball) com 30, NBA (basquete) com 30 e NHL(hóquei) com 30.

      Concordo que somente aumentar o número de vagas na elite nacional não seria solução para nada. Apenas iria piorar a situação da média de publico com times como Gremio Barueri, Guaratingueta, e Mirassol subindo. Pois disputam um estadual forte e tem rendimentos e atrativos que os clubes da região norte jamais encontrariam. Mas cabe uma discussão sobre o assunto para democratizar o futebol por esse país!

      Deixem suas opiniões e sugestões nos comentários para que tenhamos cada vez mais torcedores e menos espectadores nesse país!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Fator Felipão.

Obviamente, após uma finalíssima não poderia deixar de comentar o título do Palmeiras. Sua segunda conquista na competição e a quarta de seu técnico, técnico este rei das copas. Felipão disputou 9 copas do Brasil, chegou a 5 finais e venceu 4, sua única derrota foi pelo Grêmio em 1995, ano em que sua equipe estava dedicada ao bicampeonato da, também copa, libertadores da América, a qual foi conquistada.

Para entendermos o "fator Felipão" devemos enteder o princípio básico do futebol e de algumas competições. No futebol, como em todos esportes, busca-se a vitória e esta vitória só é alcançada quando você supera o seu adversário. Partindo deste ponto, e enfiando uma estaca no coraçãozinho dos torcedores do futebol arte, firulento, goleador e afrescalhado, se você não tomar gols já terá 50% da conquista obtida, pois não perderá, então fica claro que o objetivo do futebol é a defesa, você primeiro se defende pra não perder e depois ataca pra tentar ganhar. 

Mas você leitor vai perguntar: "Tentar ganhar?? Não tem que ganhar sempre?". E é aí que reside a figura do gênio Felipão, em competições estilo "copa" como a libertadores, UCL, e copa do Brasil você ainda tem uma vantagem a mais, se não tomar e não fizer nenhum gol em casa e se tomar apenas 1 fora de casa e fizer 1 fora de casa você pode empatar todas partidas e ser campeão, inclusive se preferir contar com a sorte e eficiência nos pênaltis você pode até ser campeão sem fazer um gol em toda competição, logicamente se também não tomar nenhum. Quer coisa mais bela???

E assim, se baseando no princípio básico do futebol, Felipão vai acumulando copas, como ele mesmo disse depois da partida ontem (não exatamente com estas palavras): As equipes não aprenderam ainda, que você não pode tomar gol em casa e tem que fazer fora. Simples assim, simples como andar pra frente, tomar um copo de água ou respirar, mas não tão simples para estudiosos do futebol. E simples para ele que consegue transformar equipes fracas em vencedoras, porque treinar jogadores bons é fácil, quero ver treinar os pernas-de-pau.

Sobre o jogo tenho considerações bem simples. Parabéns ao Palmeiras pelo título merecido (sim, concordo que a arbitragem no confronto final foi pífia nas duas partidas), e digo merecido pois nenhuma equipe é campeã invicta sem merecer e porque eliminou várias equipes melhores tecnicamente que a sua, pode ter tido a ajuda na final mas não deixou de ser merecido. Foi merecido também porque o técnico soube usar (como sempre) o regulamento a favor de sua fraquíssima equipe. Aliás o Felipão sabe que este seu time vai penar, e muito, para não cair no Brasileiro, elenco limitadíssimo que só poderia ser campeão da competição e da maneira que foi e sofrerá em uma competição de pontos corridos onde o empate é o pior resultado. Muita marcação e explorando o erro e afobação do adversário, esta foi a receita do mestre cuca das copas Luiz Felipe Scolari.

"Rendam-se a este senhor de bigode"
Abraços
Rabugento Tricolor

terça-feira, 10 de julho de 2012

Inferno Verde.

       Hoje devido a alguns comentários, deboches por parte de alguns amigos palmeirenses, abri mão de comentar sobre outro assunto para falar da final desta quarta. Sim, o Palmeiras é o virtual campeão. Sim, virtual não é real. E sim, há um senhor de bigode sentado ali no banco. 
Mas a príncipio, são somente nestes fatos que o torcedor pode se embasar. Apesar de invicto, o time não apresenta um futebol muito bonito, e durante toda a competição, foram raros os momentos de suspiros. 
Do outro lado, na fria cidade Curitiba, o torcedor irá amparado em um histórico como mandante excelente, em uma bela partida realizada com muitas chances desperdiçadas em São Paulo, partida que vale salientar a arbitragem, que no meu ponto de vista, mais uma vez favorável ao eixo Rio-São Paulo. 
Amanhã terá Green Hell, lindo foguetório, como foi em Barueri. Será o dia do verde. 
A guerra está declarada. 

"Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras." ( Augusto Branco ) 





Alvinegro Baleteado. 

domingo, 8 de julho de 2012

Fair Play = Trouxismo.



O assunto a ser debatido nas rodas de futebol durante a semana que se aproxima com certeza será a esperteza cearense diante dos carvoeiros de criciúma. Esperteza ou ausência do trouxismo como costumo nomear o status de quem devolve a bola numa "grandiosa atitude de fair play".

Para quem não sabe o que aconteceu, no jogo entre Ceará x Criciúma, pela série B, a partida se encaminhava para o final com o placar de 1 x 2 quando no lance derradeiro um jogador do Criciúma, após um choque, desaba (simulando lesão, da pra ver pela olhadinha q ele dá na sequencia do lance) e o goleiro do próprio time coloca a bola para lateral (poderia ter dado um balão pra lateral lá pra frente mas burramente deu para lateral próximo ao seu gol). O jogador foi atendido e rapidamente ficou de pé, como na maioria dos casos, na cobrança de lateral o Ceará pegou a bola e meteu o gol de empate e a confusão generalizada se iniciou com o fim da partida.

O Fair play, infelizmente, é uma coisa que não funciona entre os seres humanos, principalmente no Brasil onde as pessoas fazem de tudo com os outros para tirar proveito para si. Até não sou contra a cera ou a catimba para matar tempo, travar o jogo, esfriar a partida, porém sou contra a devolução da bola por dois motivos: Primeiro que a parada do jogo, já serve como uma ótima cera, segundo que você pôs a bola pra fora porque quis. O time adversário está perdendo e futebol é resultado e por isso não tem obrigação moral alguma de devolver.


Já foram sugeridos alguns meios de se resolver este problema, como por exemplo a permanencia do "lesionado" por 2 minutos fora do campo de jogo, até porque se está machucado precisa se recuperar antes de voltar. Em partes resolveria a questão porque assim o jogador não simularia lesão pra ficar fazendo cera e só sairia quando realmente necessário, em compensação no fim da partida as vezes nem dois minutos a mais tem de jogo e o problema persistiria.


A solução que eu proponho é que seja abolida a devolução da bola, nenhum jogador vai morrer (salvo raras exceções de choque de cabeças em que fica clara a lesão), ou perder a perna (salvo raras exceções de fratura exposta) se ficar mais 30 ou 40 segundos no chão esperando a bola sair. Se a própria equipe estiver muito preocupada pode por a bola pra fora, sabendo que não terá ela devolvida. Desta maneira seriam evitadas muitas situações constrangedoras que costumam acontecer como esta de Ceará x Criciúma e também como a do vídeo abaixo no campeonato Holandês, onde o jogador foi devolver a bola (atitude Fair Play) e fez o gol sem querer, para compensar a equipe permitiu que a outra fizesse o gol e todo mundo ficou parado.


Enfim, abaixo ao Fair Play, abaixo a colocação da bola para fora para atendimento e abaixo à devolução da bola.
Abraços
Rabugento Tricolor

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Ou monte ou use-a


Não estamos aqui para criticar e muito menos debochar. Estamos aqui para expor nossas opiniões sobre os fatos, e contra fatos não há argumentos. Já falamos de Ronaldinho Gaúcho, de Neymar, de Messi, de Seedorf e do também internacional Fahel. Uns no auge, outros almejando-o, outros em decadência plena e outros, bom, outros batendo aquela velha bolinha de sempre. Mas faltou um de ser falado aqui, meus amigos, faltou um. Esse sim, esse que será sempre lembrado pelo apelido de O Imperador. Mas acho mais pela coincidência de ter o mesmo nome do grande imperador romano e não pelo futebol apresentado. Explico.  Falcão, Paulo Roberto Falcão, levou a alcunha de Rei de Roma, pelo futebol. Adriano Gabiru, portanto, se tivesse jogado na Itália, poderia ter recebido o título de imperador, pelo nome.
É a velha e gloriosa história. O guri veio da favela, base do Flamengo, ascensão meteórica e então, com 18 anos, seleção brasileira. Foi para a Itália, Internazionale. Mas aí já demonstrava algumas fraquezas. A maioria passa por isso, jovem, longe de casa, adaptação ao exterior. Em 2004 sim, explodiu, tornou-se então O Imperador. Porém logo voltou a ser Adriano, apenas um jogador melhor que muitos, mas sem muito brilho.
Em sua volta ao Brasil, tanto da primeira vez no São Paulo, quanto da segunda ao Flamengo apresentava uns lampejos de craque, mas não era, foi, deixou de ser. E sua marca mais famosa é o antiprofissionalismo. Atraído pelo Corinthians em 2011, foi convidado a jogar no time. O Corinthians tinha boas intenções, tinha um plano – assim como fez com Ronaldo. Adriano também tinha um plano – destruir de vez a sua carreira. Poderia ter dado a volta por cima, ter sido mais profissional, ter sido campeão do maior torneio das Américas, mesmo reserva, mas pelo menos compondo o time. Poderia ter entrado para a história de um dos maiores clubes do Brasil. Mas decidiu entrar pelo cano.
Como diriam em minha terra, o cavalo passa encilhado apenas uma vez. Para Adriano, não foi assim. Esse cavalo passou. O público perdoou suas atitudes, chefes, jornalistas, torcidas lhe deram mais chances. O cavalo passou, voltou e passou mais uma vez. Não acredito que o cavalo volte. Resta a Adriano a sela, acho que serve.


De Valletta, o Ovo de Malta.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Se não aguenta, porque veio?




Tá aí o tipo de notícia que me deixa indignado dentro do futebol! Com toda a sinceridade do mundo, não sei com quem fico mais puto ao ler uma notícia destas: Botafogo ou Fahel.

Vivemos num País que as leis trabalhistas são as mais rigorosas possíveis. Fique 3 meses sem pagar seu funcionário para ver o caos que sua vida vai virar! Por que no futebol é diferente? Como pode um clube mergulhado em dívidas absurdas fazer uma das contratações mais caras da história do futebol brasileiro enquanto um clube com balanço equilibrado, como o Atlético Paranaense, amargam uma série B devido à falta de recurso para a contratação de atletas de peso.

Também me deixa indignado o fato destes jogadores, como Fahel, aceitarem estas proposta de times que não fazem a menor questão de manter seus compromissos em dia. Não pagam mesmo e não fazem o menor esforço para que isso seja um segredo. Todos sabem os clubes que tem a fama de mal pagadores. Só não sabemos como que estes jogadores, e alguns de qualidade, vão parar nesses centros falidos. Não sei se querem vestir uma camisa tradicional, espaço na mídia ou praia e água de côco. Só sei que não adianta chorar e dizer que não sabia que isso iria acontecer!

Enfim! Este post foi mais um desabafo de um cidadão brasileiro, pagador de impostos e livre de dívidas, indignado com a palhaçada que rola pelos “bastidores financeiros” deste mundo sujo do futebol Brasileiro! 
E já que essa notícia é uma palhaçada, vamos terminar este post com bom humor. Uma bela piada dos blogueiros do bola nas costas sobre o "Gigante" do futebol brasileiro!

Abraço do CanelaSeca!!

terça-feira, 3 de julho de 2012

O Amanhã.

  Pode parecer frase de livro de poeta, ou papo de divã, conselho de mãe. "Esqueça o dia de ontem, de hoje, amanhã é um novo dia". Esta frase se encaixa perfeitamente para o momento. Não há quem não esteja ansioso para ver o desfecho do jogo de amanhã. Não há xeneizes, corinthianos, ou  qualquer outro amante de futebol que não sentirá o coração bater mais forte amanhã.  

Amanhã as ruas serão pintadas de branco e preto ou azul e amarelo.
Amanhã se concretiza o mito de nunca ser, ou de ser o maior. 
Amanhã se desmistifica.      
Amanhã o resto será esquecido.
O Amanhã pode ter seu nome escrito na história.
Amanhã até minha avó, cujo esporte preferido é canastra, estará com a tv ligada em futebol.

É amanhã. Sem mais. Próximo dia como este, pode estar muito longe. Tanto para um, quanto para outro.

Alvinegro Baleteado.

domingo, 1 de julho de 2012

Supremacia


 Muitos podem estar estranhando a presença de Trifon Ivanov no início de um post junto à campeã da Euro-2012, a Espanha, mas com o passar do post poderão compreender. Bom, a Espanha acaba de tornar-se bicampeã européia com um título mundial entre as duas. Sem dúvida nenhuma um caso clássico de supremacia sobre as outras equipes. A supremacia esteve muito presente nos últimos anos, no futebol Brasileiro tivemos o  São Paulo ganhando tudo por alguns anos e agora ao mesmo tempo que a Espanha ganha tudo tivemos o caso do Barcelona, que também vinha ganhando tudo mas este ano tropeçou.

O que me fez escrever sobre este assunto foi justamente esta supremacia da Espanha, que parece não ter prognóstico de ser interrompida, ao contrário do Barcelona, e os males que isto está nos proporcionando. No futebol entre times a supremacia vez ou outra pode ser quebrada (como no caso do Barcelona) pois todo ano os times podem contratar e vender jogadores e tentar outros meios de vencer determinada equipe, já no caso das seleções é mais complicado.  Vejamos a fase que estamos passando, Brasil em processo de renovação, Itália com uma equipe envelhecida e sem novos talentos, Alemanha muito renovada e com jogadores com pouca maturidade, Inglaterra sem novos talentos também e no meio disso tudo temos os dois melhroes jogadores do mundo jogando em equipes muito fracas. Isto nos faz concluir que a Espanha, com jogadores de qualidade e jovens tendem a dominar as competições que disputam por muito tempo, inclusive na copa a ser realizada no Brasil, mesmo jogando mal, como jogou nesta Eurocopa.

Outra preocupação que eu tenho com relação ao modelo espanhol de futebol é com relação ao estilo de jogo. O futebol em sua essência precisa de determinados tipos de jogadores. Há um ditado que diz que uma grande equipe começa por um grande goleiro e termina por um grande centroavante, outros costumam dizer que as equipes possuem uma espinha dorsal (goleiro, zagueiro, meia, centroavante). No verdadeiro futebol há a necessidade de duas figuras essenciais: o volante quebrador de cara feia e o centroavante trombador matador. E a Espanha está matando estes dois profissionais, esta supremacia espanhola faz com que os novos atletas busquem o estilo do toque-toque, pouco combativo e por isto estamos perdendo novos talentos da categoria de base com funções de quebrar as jogadas e fazer gol feio, pois toda "piazadinha" quer jogar igual ao Messi, ou aos jogadores da seleção espanhola e os técnicos da categoria de base também buscam jogadores com este perfil.

Sendo assim, torçamos para que a supremacia espanhola seja quebrada, que os volantes quebradores e centroavantes trombadores não sejam exterminados e que o futebol em sua essência retorne aos gramados.

"Um dia minha mãe falou: Filho, não acredito que voce gosta mais do futebol do que de mim. E eu respondi: eu não gosto mais, eu gosto igual" – Celso Unzelte.


Rabugento Tricolor