"Em
reconhecimento ao legítimo movimento grevista, finalmente “os caras que tem um
blog” abriram espaço para voz do povo: o leitor tem aqui o seu espaço. É
meu dever usar bem deste momento e
deixar algo importante registrado – um marco para posteridade. O problema é que
não tenho nada pra dizer e, embora tenha mais o que fazer, vou tentar não estragar o refrão e mandar uma
prosa sobre a vida de zagueiro. Na zaga não há lugar para doçura.
Há
quem admire os zagueiros-craques.
Daqueles que sempre chegam na bola, desarmam e saem jogando com a cabeça
erguida. Acham incrível o feito de um Gamarra, que saiu de uma Copa do Mundo em
oitavas de final sem cometer uma só falta (1998). Temos visto no futebol
brasileiro uma recente valorização deste tipo de jogador. Paulo André, zagueiro
campeão da América pelo Corinthians é destes jogadores – leve, clássico e até
intelectual. Juan foi repatriado pelo Internacional. Enfim, parece ser uma
tendência que os últimos jogadores à frente do goleiro devam ser elegantes
arautos do fair play. O zagueiro-meigo está na moda.
Quem
me conhece sabe que prefiro o estilo de zagueiro-grosso, zagueiro-zagueiro,
daqueles chuta para frente e chega rasgando. Aliás, não só prefiro mas me
identifico com eles – como técnico do Paraguai jamais teria escalado Gamarra
com Catalino Rivarola ainda atuando em 1998. Acredito que zagueiro tem que ser
feio e impor respeito até com o olhar. De preferência, daqueles que apresentam
as credenciais logo no início, para o atacante não ficar folgado e enquanto o
juiz ainda tenta levar o jogo na conversa.
Zagueiro
bom não tem recurso, mas compensa com força e disposição. Afinal, a falta faz parte da jogo e está nas
regras. Ora senhores, se o cara é bom de bola deveria ser meia-atacante. A zaga
deve ser um lugar inóspito e amargo. Zagueiro bom é aquele que para ser vencido
exige mais do que habilidade, exige coragem".
Me surpreende muito este pensamento e a forma de atuar que você tem, sendo você um fã do Réver. Seria uma vontade de ser zagueiro malemolente inrrustida ou apenas uma contradição??
ResponderExcluirJá dizia um amigo meu: "Zagueiro que vira a bundinha pra bola, pra mim não serve". E este é o retrato dos zagueiros fair plays, como o Réver..auhahuhau
Cara, o Réver não é um Rivarola, mas é um baita zagueiro. Tem raça e precisão. Seu único defeito é jogar muito limpo.
ResponderExcluirSer grosso e ter raça é quase um pleonasmo. Assim como ser habilidoso e ser um frangote. Me admira o cara que sabe jogar, mas marca como se não soubesse. Que gosta de dar um drible, mas prefere dar uma pancada. Que vive sofrendo faltas, mas morre antes de pedir uma. Ou seja, eu me amo! Obrigado por existir, Tiarlie! Você é o cara!
ResponderExcluirCarai, achei que o tiarlie tava se declarando pra mim.
ResponderExcluirvc se enquadra perfeitamente no time dos frangotes
Excluirencaro esse texto mais como uma autoafirmação de assumir uma posição ao qual não se tem habilidade suficiente, nunca foi o primeiro escolhido nas peladas de guri e agora assume uma personalidade uhueheuh
ResponderExcluirAos meus olhos mais parece um trecho de uma biografia do autor. haha. Porém devo discordar, zagueiro grosso e brucutu só é bom aos olhos dos outros. Quem tem um em seu time, sabe bem o que estou falando e os apertos que eles passam.
ResponderExcluircara... gosto de zagueiro que sabe sair jogando, levanta a cabeca e tal.. mas o que voce falou foi aplicado pelo palmeiras. o henrique (que nao eh grosso) foi deslocado para o meio campo pelo felipao
ResponderExcluirOutro bom exemplo é o Thiago Silva que jogou inumeras vezes como volante na temporada passada pelo Milan. E com certeza ele tem muito mais qualidade que Ambrosini e Gattuso com a bola nos pés.
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