quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ei, Juiz, Vai..............

     Bom, falaremos hoje de um tema muito recorrente no futebol atual. Principalmente no futebol brasileiro. Pode parecer chato pois ao final de todo jogo, e as vezes por um bom tempo após ele a arbitragem é comentada. Creio que todos estamos de acordo que é um assunto crítico, e que sem essas discussões a magia do futebol perderia a graça. Mas através desse comentário, estarei defendendo o outro lado da moeda. Essa semana tivemos um projeto de "renovação" da Comissão de Arbitragem. Marin, o presidente da CBF, veio a público demitir o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Correa. Mostrando toda sua insatisfação com os erros recentes e recorrentes (perdão pelo uso recorrente dessa palavra), fez duras críticas ao sistema atual desta administração. Concordo com certas punições, porém, discordo de toda essa exposição e marginalização. Para reformular, é necessário tudo isto?
    Lendo um comentário do ex-árbitro Leonardo Gaciba, que ditou: " A arbitragem está para CBF, como os atletas estão para seus clubes", cheguei a conclusão que estamos em um círculo vicioso. Vejamos, certos atletas cometem alguns erros em partidas por seus clubes, que geralmente tais erros são culminantes para sua punição, vide à ele com um comum banco de reservas. Muitos técnicos evitam tal exposição do jogador ao ridículo, pois chega a ser óbvio que este não está apto para continuar. E qual o motivo da ligação CBF-Arbitragem ser diferente? 
    Como exemplo, temos o bandeira Emerson Augusto de Carvalho que errou triplamente no clássico Corinthians x Santos no domingo. Ficou evidente que o erro foi grotesco. Nem o bandeira e sua família esperavam que tal ato iria ficar impune. Porém, como muitas coisas foram faladas e discutidas, criou-se um turbilhão. O mesmo bandeira, esteve presente no jogo Coxa x Grêmio pela Sul-Americana, e apesar da punição imposta pela CBF, de forma correta validou o gol que garantiu a classificação do time gaúcho. E o lance não era fácil. Os jogadores e a torcida do time paranaense mostraram toda sua revolta com a jogada, sem mesmo saber a fidelidade do lance. E a revolta foi ainda aumentada por ser o mesmo bandeira que havia cometido o erro no domingo. Esqueceram que o time, que seu time, estava praticamente com o jogo nas mãos e acabara de perder. 
   Penso que esta reformulação nunca chegará ao fim, visto que teríamos que ter inclusive uma mudança de postura por parte de clubes, técnicos e jogadores. Vejamos a simulação por parte dos jogadores. Algo que antigamente era visto como arte, e ainda hoje é o tema da moda no Brasil. Acompanhando o futebol europeu, não temos muita aceitação sobre esse tipo de comportamento. Como falaríamos por exemplo, para o jogador não simular faltas ou pênaltis? No tempo em que estamos, tempo de tantas greves, não ficaria surpreso se logo houvesse uma de árbitros. 

http://sportv.globo.com/site/programas/redacao-sportv/noticia/2012/08/junior-do-fla-finge-lesao-ganha-colo-de-rival-e-leva-trofeu-alberto-roberto.html



       Alvinegro Baleteado. 

     

3 comentários:

  1. Como o link anexado no final jà diz: cai-cai virou uma marca do futebol brasileiro que antes revelava craques. Infelizmente isso incentiva os juizes a apitarem coisas que nao veem.
    Mas erros grotescos como impedimentos devem ser parte do criterio pra colocar bandeirinhas na geladeira.

    Um bom exemplo pra jogadores deixarem de ser simular seria adotar uma arbitragem mais no estilo libertadores. Liberando a volta da porrada, pedrada em campo e coisas do genero que fazem parte do jogo. Daì quero ver alguem fazer cera.

    ResponderExcluir
  2. Ser árbitro de futebol no Brasil, apesar de pagar muito bem, não é uma profissão. Todos eles tem um segundo emprego (ou seria primeiro?). A arbitragem é quase um bico, um extra. Não é a toa que qualquer pançudinho vira árbitro. Os caras precisam correr tanto quanto os jogadores e parece que acabaram de sair de uma feijoada. Se existe muita simulação no Brasil, em grande parte é culpa da arbitragem. Que jogador ficaria caindo toda hora se nenhum arbitro marcasse esse tipo de falta? Parar o jogo a todo momento, facilita o trabalho dos árbitros e principalmente a digestão da feijoada.

    ResponderExcluir
  3. Leandro Nicolao Buzatta25 de agosto de 2012 às 06:11

    O problema de arbitragem é muito mais cultural do que parece. O brasileiro é malandro por natureza, sempre quer dar um jeitinho, passar a perna em outro pra se dar bem e etc. Além de malandro o brasileiro é pouco educado no sentido de não respeitar autoridades, idosos, pessoas que precisam ser respeitadas, um pouco até pelo sistema que não ajuda. Unindo estas duas coisas o jogador e a torcida sempre acham que o juiz, quando erra, rouba. Pq o outro time, ou a tv ou sei la quem deu um jeitinho e aí vão pra cima do juiz perdendo td respeito por ele. Na Europa, quando vejo os jogos, percebo que o juiz é autoridade máxima no campo, mesmo que o jogador saiba que foi injustiçado dificilmente ele levanta a mão ou vai pra cima do juiz, ele simplesmente sai pianinho pq ele sabe que o juiz não errou pq quis e sim errou pq é humano e pode errar.

    Como disse o problema no Brasil é que ninguém acredita no sistema e por isso acha q sempre estão roubando, como muitas vezes é.

    ResponderExcluir