Prata Olímpico, a nova Geração e Mano Menezes.

Há algumas postagens atrás eu comentei que o ouro olímpico em fim viria. Dei diversos motivos e fui contra argumentado por um leitor assíduo. Como todos sabem o ouro não veio, devido há alguns erros do treinador e por ser o futebol o esporte que é, nem sempre você vai ganhar, mesmo sendo favorito.

Continuo com a minha opinião com relação a esta geração Olímpica, não a de que esta era a melhor até hoje, mas sim que era a geração onde tinha maior número de atletas em alta ou de relevância para o futebol com a idade em que disputaram as Olimpíadas, mesmo que não consagrados.

O fato é que após a perda do título choveram críticas em redes socias e na imprensa para o treinador Mano Menezes. Conheço o trabalho do Mano desde quando despontou para o futebol em 2005 e posso afirmar que estou decepcionado com algumas mudanças de valores e estilo dele, também fiquei decepcionado com a convocação da seleção Olímpica pela falta de volantes de verdade e talvez de um goleiro mais afirmado, porém as críticas e as desconfianças com relação ao trabalho dele tanto na seleção principal como na Olímpica são exageradas e vou explicar na sequência.

O Brasil ficou muito tempo sem ganhar uma copa do mundo, mesmo tendo uma fase com jogadores muito acima da média como os da década de 80. E a partir de 94 tudo mudou. Em 94, 98, 2002 e 2006 tivemos jogadores como Cafu, Roberto Carlos, Dunga, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Romário, Rivaldo entre outros que eram muito acima do nível normal do futebol e todos nós brasileiros nos acostumamos muito mal. Foi uma fase tão grandiosa em ótimos jogadores e craques que eu lembro que brincávamos de escalar 3 seleções brasileiras com 22 atletas e falávamos na época que qualquer uma das três poderia ganhar uma copa do mundo. Muitos ótimos jogadores nem chegaram a ter chance na seleção pois os que jogavam eram muito bons.

O tempo passou, os craques se aposentaram e hoje o Brasil já não é mais referência, não temos mais jogadores brasileiros de grande destaque na Europa, não disputamos mais o título de melhor jogador do mundo, não temos uma referência de algum jogador que possa estar no rol dos maiores da história como foram Rivaldo, Romário, Ronaldo e talvez R. Gaúcho (observe que tínhamos 4 jogadores que ficaram na história praticamente jogando ao msm tempo em uma equipe)

O que temos hoje são jogadores muito jovens, de altíssimo potencial, que estão buscando seus espaços e ganhando credenciais porém não chegam a ser craques, mas as cobranças continuam como se a nossa seleção atual fosse a mesma de 98 ou 2002. E não pode ser, estamos em transição e por isto podem colocar o técnico que quiser que o máximo que ele conseguirá fazer vai ser ganhar uma copa América ali ou chegar numa quartas ou semi de um grande torneio mundial, como foi com o Dunga e o Mano Menezes.

A questão agora é ter paciência, aguardar e torcer para que Neymar, Oscar, Lucas e seus companheiros cheguem ao auge como os atletas supracitados.

Uma frase de comédia e que não deve ser levada a sério para vocês.

"Todo juiz de futebol é um filho da puta por definição de deveria apanhar antes, durante e depois de cada jogo" - Barneschi

Abraços Rabugento Tricolor