domingo, 1 de julho de 2012

Supremacia


 Muitos podem estar estranhando a presença de Trifon Ivanov no início de um post junto à campeã da Euro-2012, a Espanha, mas com o passar do post poderão compreender. Bom, a Espanha acaba de tornar-se bicampeã européia com um título mundial entre as duas. Sem dúvida nenhuma um caso clássico de supremacia sobre as outras equipes. A supremacia esteve muito presente nos últimos anos, no futebol Brasileiro tivemos o  São Paulo ganhando tudo por alguns anos e agora ao mesmo tempo que a Espanha ganha tudo tivemos o caso do Barcelona, que também vinha ganhando tudo mas este ano tropeçou.

O que me fez escrever sobre este assunto foi justamente esta supremacia da Espanha, que parece não ter prognóstico de ser interrompida, ao contrário do Barcelona, e os males que isto está nos proporcionando. No futebol entre times a supremacia vez ou outra pode ser quebrada (como no caso do Barcelona) pois todo ano os times podem contratar e vender jogadores e tentar outros meios de vencer determinada equipe, já no caso das seleções é mais complicado.  Vejamos a fase que estamos passando, Brasil em processo de renovação, Itália com uma equipe envelhecida e sem novos talentos, Alemanha muito renovada e com jogadores com pouca maturidade, Inglaterra sem novos talentos também e no meio disso tudo temos os dois melhroes jogadores do mundo jogando em equipes muito fracas. Isto nos faz concluir que a Espanha, com jogadores de qualidade e jovens tendem a dominar as competições que disputam por muito tempo, inclusive na copa a ser realizada no Brasil, mesmo jogando mal, como jogou nesta Eurocopa.

Outra preocupação que eu tenho com relação ao modelo espanhol de futebol é com relação ao estilo de jogo. O futebol em sua essência precisa de determinados tipos de jogadores. Há um ditado que diz que uma grande equipe começa por um grande goleiro e termina por um grande centroavante, outros costumam dizer que as equipes possuem uma espinha dorsal (goleiro, zagueiro, meia, centroavante). No verdadeiro futebol há a necessidade de duas figuras essenciais: o volante quebrador de cara feia e o centroavante trombador matador. E a Espanha está matando estes dois profissionais, esta supremacia espanhola faz com que os novos atletas busquem o estilo do toque-toque, pouco combativo e por isto estamos perdendo novos talentos da categoria de base com funções de quebrar as jogadas e fazer gol feio, pois toda "piazadinha" quer jogar igual ao Messi, ou aos jogadores da seleção espanhola e os técnicos da categoria de base também buscam jogadores com este perfil.

Sendo assim, torçamos para que a supremacia espanhola seja quebrada, que os volantes quebradores e centroavantes trombadores não sejam exterminados e que o futebol em sua essência retorne aos gramados.

"Um dia minha mãe falou: Filho, não acredito que voce gosta mais do futebol do que de mim. E eu respondi: eu não gosto mais, eu gosto igual" – Celso Unzelte.


Rabugento Tricolor

5 comentários:

  1. Acho que a unica coisa que a seleçao da Espanha nunca teve foi uma 'identidade propria', mas parece ter encontrado.
    O Brasil sempre foi a seleçao cheia de craques, Italia sempre deu porrada, Alemanha com seus jogadores roboticos e muito certa dentro de campo e as seleçoes africanas sempre apostaram na velocidade dos jogadores.
    E a Espanha? Sempre amarelou... Sò isso. Porém, essa caracteristica negativa foi ajustada desde a Euro 2008. Com uma espinha dorsal composta nao por um goleiro, zagueiro, meia, centroavante, mas sim por um time: Barcelona, Vicente Del Bosque foi inteligente o bastante pra ver que tudo se encaixaria e transportou o jeito de jogar do time que mais ganhou titulos nos ultimos anos e adaptou a sua seleçao com muito sucesso.
    Acho que enquanto o Barcelona estiver bem, a Espanha tambem estarà no caminho do sucesso.

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  2. otimo comentario do Felipe.. acho que realmente a espanha achou a sua identidade!! talvez seja esse o motivo do sucesso recente! quanto ao cara que faz gol feio, acho uma desgraca ter que depender de um trombador de bola que soh faz gol feio, como um Marcel, ou um aloisio! prefiro Romarios, messis e ate um cristiano ronaldo que esses. Mas concordo que o volante quebrador de jogadas existe e deve sempre existir!

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  3. Sensacional!
    Não quero ser repetitivo, mas sempre acredito em volantes. Principalmente daqueles que quebram espinhas dorsais (das equipes, é claro).

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  4. Hoje em dia, um bom time é aquele em que os zagueiros saem jogando, os volantes chegam ao ataque, os meias defendem e os atacantes ajudam na marcação. Ou seja, tá tudo zoado!

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  5. não acredito muito em volante quebrador. Sandro Goiano, De Jong, Williams não ganham muita coisa além de cartões.

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